As taxas dos DIs encerraram a quarta-feira (18) praticamente estáveis, refletindo a cautela dos investidores diante da expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para a noite. No cenário atual, o mercado permanece dividido entre a manutenção da Selic em 13,75% ao ano e a possibilidade de um aumento de 25 pontos-base, influenciando diretamente o comportamento dos contratos futuros.

Mercado acompanha decisões do Copom e do Fed

As taxas dos DIs são indicadores importantes para o mercado financeiro brasileiro, pois refletem as expectativas sobre a taxa básica de juros, a Selic. Nesta “superquarta”, a atenção dos investidores esteve voltada principalmente para a decisão do Copom, programada para depois das 18h30, e para o anúncio do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, que ocorreu no meio da tarde.

O Fed manteve os juros entre 4,25% e 4,5%, como esperado pelo mercado. Além disso, indicou que espera realizar dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa ainda em 2025, enquanto para 2026 e 2027 projeta uma redução menor no ritmo de cortes. Essas decisões impactam o cenário global e influenciam os mercados emergentes, como o brasileiro.

No Brasil, as expectativas para o Copom ficaram divididas. Dados recentes da B3 indicam que há 64,75% de chance de alta de 25 pontos-base na Selic, contra 34% de manutenção da taxa. Essa mudança nas apostas recentes mostra a crescente possibilidade de um aperto monetário adicional para conter a inflação.

Taxas dos DIs refletem a cautela do mercado

Ao final do dia, a taxa do DI para janeiro de 2026 ficou em 14,87%, praticamente estável em relação ao ajuste anterior, de 14,865%. A taxa para janeiro de 2027 marcou 14,25%, levemente acima do ajuste anterior, de 14,243%. Nas datas mais longas, as taxas também registraram pequenas oscilações: o DI para janeiro de 2031 encerrou em 13,7% e o de janeiro de 2033 em 13,76%.

Pela manhã, o movimento das taxas foi limitado. A busca por segurança em títulos norte-americanos, devido às tensões no Oriente Médio entre Israel e Irã, levou ao recuo dos rendimentos dos Treasuries, o que pressionou as taxas futuras no Brasil para baixo, ainda que de forma moderada.