Poupança brasileira apresenta rendimento de 8,21% em 2023, revela pesquisa
A poupança brasileira registrou um rendimento significativo de 8,21% em 2023, conforme aponta o levantamento elaborado por Einar Rivero, da Consultoria Elos Ayta, divulgado nesta segunda-feira (15). Os dados indicam que este foi o maior desempenho anual desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a poupança atingiu uma impressionante marca […]

A poupança brasileira registrou um rendimento significativo de 8,21% em 2023, conforme aponta o levantamento elaborado por Einar Rivero, da Consultoria Elos Ayta, divulgado nesta segunda-feira (15). Os dados indicam que este foi o maior desempenho anual desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando a poupança atingiu uma impressionante marca de 11,21%.
No contexto histórico, destaca-se que o menor rendimento da poupança em um primeiro ano de mandato foi observado durante o governo Bolsonaro, alcançando 4,26%. Em contrapartida, o ápice foi registrado no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), com uma notável valorização de 40,38%.
O rendimento líquido da aplicação, descontando a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 3,43% em 2023. Vale ressaltar que, nesse mesmo ano, o IPCA teve um aumento de 4,62%. Contudo, a rentabilidade real de 3,43% da poupança em 2023 ainda ficou abaixo dos 5,05% apresentados no primeiro ano do governo Temer.
Segundo o levantamento, é relevante observar que, no atual governo, os poupadores experimentaram um ganho de poder aquisitivo, revertendo uma perda de -0,05% durante o governo Bolsonaro.
Este desempenho foi influenciado pela redução das taxas de juros sob o governo Bolsonaro. Em 2019, a taxa básica de juros da economia, a Selic, encerrou o ano a 4,5%, enquanto em 2023, atingiu 11,75% ao ano. Esse cenário também favoreceu outras classes de ativos, como o mercado de ações, que registrou um rendimento de 31,6% no primeiro ano do governo Bolsonaro, comparado a 22,3% no primeiro ano do governo Lula.
CDI apresenta melhor rendimento desde o governo Dilma
No universo dos investimentos, destaca-se também o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que obteve uma rentabilidade de 13% em 2023, alcançando seu melhor desempenho desde o segundo governo Dilma Rousseff, quando atingiu 13,2%.
Os picos de rentabilidade do CDI, ao longo do levantamento de Rivero, foram registrados no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), com uma valorização de 53,1%, seguido pelo segundo mandato de FHC, com 25,1%, e o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com 23,3%.
O levantamento destaca que o menor valor da amostra foi registrado no primeiro ano do governo Bolsonaro, com uma valorização de 6,0%, evidenciando variações significativas ao longo dos diferentes períodos analisados.
Quando ajustamos os valores pela inflação medida pelo IPCA, a rentabilidade real do CDI no atual governo é de 8,1%, consolidando-se como o quinto melhor desempenho entre os nove governos analisados. Este cenário reforça a dinâmica dos investimentos no contexto político-econômico brasileiro.