Trump domina sorteio da Copa do Mundo de 2026 e transforma cerimônia em espetáculo político

Donald Trump roubou a cena no sorteio da Copa do Mundo de 2026, realizado no Kennedy Center, em Washington.

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07 de dez, 2025 às 09:30
Foto do presidente dos EUA, Donald Trump, durante fala sobre tarifas comerciais, Foto: Daniel Torok/Official White House Photo/Divulgação

O sorteio da Copa do Mundo de 2026 ganhou contornos políticos inesperados nesta sexta-feira (…), quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, roubou a cena no Kennedy Center, em Washington. Durante o evento que definiu os grupos do maior torneio de futebol do planeta, Trump não apenas assumiu o protagonismo da noite, como também recebeu o recém-criado Prêmio da Paz da Fifa, impulsionando ainda mais sua presença em um dos palcos esportivos mais importantes do mundo.

Trump no centro do sorteio da Copa do Mundo de 2026

O sorteio da Copa do Mundo de 2026 reuniu líderes internacionais, celebridades e astros esportivos em um evento marcado por glamour, apresentações musicais e forte apelo midiático. Realizada no Kennedy Center, a cerimônia ocorreu a pedido do próprio Trump e contou com a presença do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e da presidente do México, Claudia Sheinbaum — países que, ao lado dos EUA, sediarão o Mundial do próximo ano.

O que era para ser uma noite esportiva ganhou tom político desde o início. Gianni Infantino, presidente da Fifa e mestre de cerimônias, conduziu Trump, Carney e Sheinbaum a pódios estilizados que remetiam a programas de auditório. Dali, os três líderes sortearam as seleções de seus respectivos países, enquanto as 48 equipes conheceram seus adversários na fase de grupos.

Infantino descreveu o evento como “único, estelar e espetacular”, palavras que definiram bem o tom da noite — e, para muitos, também a presença marcante do presidente norte-americano.

Prêmio da Paz da Fifa coloca Trump no centro do palco

A grande surpresa do sorteio da Copa do Mundo de 2026 foi a entrega do inédito Prêmio da Paz da Fifa a Trump. A homenagem, anunciada pela entidade no mês anterior, pretende reconhecer líderes que contribuam para iniciativas globais de diálogo e redução de conflitos.

Um vídeo exibido no telão antes da entrega destacou as alegadas ações do presidente para “reduzir tensões em alguns dos maiores focos de conflito do planeta”, mencionando o fim da guerra em Gaza e esforços diplomáticos envolvendo Rússia e Ucrânia.

Infantino apresentou o troféu — um globo dourado sustentado por mãos erguidas — e ainda colocou uma medalha no presidente, que descreveu a honraria como “uma das maiores de sua vida”.

Trump aproveitou o momento para se elogiar. Disse ter “salvado milhões de vidas” e afirmou que os Estados Unidos se tornaram “o país mais badalado do mundo” sob sua gestão. Ele também reiterou que teria encerrado “oito guerras” em apenas dez meses no cargo — uma afirmação amplamente contestada por especialistas e organizações internacionais.

Show de celebridades, música e esportes marca o sorteio

O caráter espetacular do evento foi reforçado por uma série de apresentações e participações especiais. O tenor italiano Andrea Bocelli abriu a noite com “Nessun Dorma”, música frequentemente usada em comícios de Trump. Em seguida, Robbie Williams e Nicole Scherzinger interpretaram o hino oficial da Copa de 2026, enquanto imagens de edições passadas eram exibidas no telão gigante.

Entre as celebridades presentes estavam Tom Brady, Shaquille O’Neal, Aaron Judge e a lenda do hóquei Wayne Gretzky — nenhum deles ligado ao futebol, mas todos figuras de alto impacto na cultura esportiva norte-americana.

A cerimônia terminou com o público cantando e dançando ao som de “YMCA”, do Village People, encerrando a noite no tom festivo que o presidente buscou imprimir.

Trump aproveita o palco em meio a polêmicas

A entrega do prêmio ocorreu em uma semana politicamente turbulenta para o governo Trump. Dias antes, o presidente havia congelado pedidos de imigração de 19 países, após um ataque a membros da Guarda Nacional. Também gerou críticas nacionais e internacionais ao chamar imigrantes somalis de “lixo”.

Mesmo cercado de controvérsias, Trump tem usado grandes eventos esportivos e culturais para reforçar sua imagem pública. Ele compareceu ao Super Bowl, participou de premiações e, agora, dominou o maior evento pré-Copa.

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