A poupança voltou a registrar saída líquida em agosto. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central (BC), os brasileiros retiraram R$ 7,557 bilhões da caderneta no período. Os depósitos somaram R$ 346,815 bilhões, enquanto os saques alcançaram R$ 354,372 bilhões. Com o rendimento creditado de R$ 6,5 bilhões, o saldo total da modalidade fechou o mês em R$ 1,019 trilhão.

No acumulado de 2025, a poupança já registra saque líquido de R$ 63,458 bilhões, resultado de R$ 2,853 trilhões em retiradas contra R$ 2,789 trilhões em depósitos. De janeiro a agosto, os rendimentos pagos aos poupadores somam R$ 50,196 bilhões.

A sequência de saídas reflete o cenário de juros ainda elevados no Brasil, que favorece investimentos mais rentáveis em renda fixa tradicional. Títulos públicos do Tesouro Direto, como Tesouro Selic e Tesouro IPCA+, além de CDBs, LCIs e LCAs, têm atraído investidores em busca de maior rentabilidade e segurança, reduzindo a atratividade da poupança.

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Apesar do saldo negativo, a poupança permanece como o investimento mais popular entre os brasileiros por conta da simplicidade, liquidez imediata e isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas. No entanto, especialistas alertam que a modalidade perde competitividade frente a alternativas de renda fixa que oferecem ganhos superiores e riscos igualmente baixos.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.