XP revisa projeção do Ibovespa para 128 mil pontos até o final do ano
A XP Investimentos divulgou uma nova projeção para o índice Ibovespa, reduzindo-a de 133 mil pontos para 128 mil pontos até o final deste ano. Esta revisão, publicada no relatório “Raio XP” no último domingo (1), foi motivada por vários fatores. Primeiramente, a aversão global ao risco está em ascensão, impulsionada pela expectativa de que […]
A XP Investimentos divulgou uma nova projeção para o índice Ibovespa, reduzindo-a de 133 mil pontos para 128 mil pontos até o final deste ano. Esta revisão, publicada no relatório “Raio XP” no último domingo (1), foi motivada por vários fatores.
Primeiramente, a aversão global ao risco está em ascensão, impulsionada pela expectativa de que as economias devem enfrentar taxas de juros mais elevadas por um período prolongado. Além disso, o aumento dos preços do petróleo nos mercados internacionais está gerando preocupações quanto a um aumento da inflação global.
A situação fiscal no Brasil também contribuiu para a revisão negativa das projeções do Ibovespa. A XP Investimentos enxerga riscos relacionados ao possível aumento dos impostos corporativos, com a potencial extinção dos Juros sobre Capital Próprio (JCP), o que poderia afetar os lucros das empresas. Ao mesmo tempo, o mercado questiona se a meta fiscal de déficit zero para o próximo ano, estabelecida no Arcabouço, poderá ser alcançada.
Os estrategistas Fernando Ferreira e Jennie Li, que assinam o relatório, observam que, embora seja improvável que a meta seja atingida, os investidores aguardam esclarecimentos adicionais. Eles acreditam que uma mudança na meta fiscal primária teria impactos negativos, pressionando as taxas DI e, consequentemente, as ações brasileiras.
A XP Investimentos também fez ajustes em sua carteira Top 10 XP de outubro, reduzindo a exposição ao setor varejista, removendo as ações do Grupo Soma (SOMA3). Isso ocorre porque o varejo é um dos setores mais sensíveis a condições econômicas mais restritivas.
Além disso, a XP incluiu ações do setor elétrico em sua carteira, com a adição dos papéis da Equatorial Energia (ETL3). Também houve uma troca de ações, com a XP substituindo Gerdau (GGBR4) por Vale (VALE3), devido à expectativa de resultados mais fortes no terceiro trimestre de 2023, embora a visão de longo prazo da XP sobre a Vale não tenha mudado significativamente.