Cury (CURY3) deve estrear no Ibovespa em setembro, segundo XP
A XP Investimentos aponta que a construtora Cury (CURY3) deve integrar a carteira do Ibovespa a partir de setembro, no lugar das ações da Petz (PETZ3) e São Martinho (SMTO3), devido à maior liquidez da Cury.

A ação da construtora Cury (CURY3) está no radar para compor o Ibovespa a partir de setembro, segundo análise da XP Investimentos. Caso se confirme, essa será a primeira vez que a empresa fará parte do índice mais importante da bolsa de valores brasileira. A movimentação ocorre em meio ao rebalanceamento regular do índice, que pode resultar na entrada de CURY3 e na saída de empresas com menor liquidez, como Petz (PETZ3) e São Martinho (SMTO3).
A possível inclusão da Cury no Ibovespa marca um novo patamar de visibilidade para a companhia no mercado de capitais, podendo atrair novos investidores institucionais e ampliar a liquidez das ações.
Nova carteira do Ibovespa começa a valer em setembro
O novo portfólio do Ibovespa (IBOV) será oficializado em 1º de setembro e terá validade até o fim de dezembro. A B3, responsável pela manutenção do índice, divulgará três prévias antes da versão definitiva. As datas previstas para a publicação dessas prévias são 1º, 18 e 28 de agosto, permitindo que investidores e analistas antecipem os possíveis ajustes.
Esse rebalanceamento trimestral tem como objetivo manter o índice representativo e alinhado à dinâmica do mercado, com base em critérios técnicos. A entrada da Cury no Ibovespa, portanto, depende do cumprimento de exigências formais, como índice de negociabilidade e volume financeiro negociado.
Critérios que podem garantir a entrada da Cury no Ibovespa
Para que uma ação passe a integrar o Ibovespa, não basta ter bom desempenho em valorização. A B3 considera, sobretudo, o índice de negociabilidade, que mede a liquidez das ações e a frequência com que são negociadas no mercado.
Além disso, outros critérios são levados em conta, como:
- Participação mínima de 0,1% no volume total de negociação da bolsa;
- Presença em pelo menos 95% dos pregões do período analisado;
- Não estar em recuperação judicial;
- Não ser classificada como penny stock (ações cotadas abaixo de R$ 1,00).
Com o aumento da liquidez e da presença em pregão, a Cury (CURY3) passou a atender essas exigências e agora é cotada como forte candidata a integrar o principal índice do mercado acionário brasileiro.
Ações da Cury ganham destaque no setor de construção civil
A possível entrada da Cury no Ibovespa reflete não apenas seu bom desempenho técnico, mas também o avanço da empresa no setor imobiliário. Atuando fortemente no segmento de habitação popular, a companhia se beneficia de iniciativas como o programa Minha Casa, Minha Vida, além de manter uma política de crescimento com margens saudáveis e boa geração de caixa.
Esse cenário favorável ajudou a consolidar a liquidez dos papéis, um fator essencial para a análise feita pela XP. A construtora também tem se mostrado resiliente diante dos ciclos econômicos, o que reforça sua atratividade junto aos investidores.
Saída de PETZ3 e SMTO3 abre espaço no índice
Segundo a análise da XP, a provável exclusão de Petz (PETZ3) e São Martinho (SMTO3) está relacionada à baixa negociabilidade desses papéis. Quando uma ação apresenta pouca liquidez ou é negociada com menos frequência, tende a perder espaço no índice em favor de ativos com maior movimentação.
Essa substituição reforça o objetivo do Ibovespa de representar as ações mais relevantes e negociadas do mercado brasileiro. Por isso, a Cury no Ibovespa não apenas faz sentido do ponto de vista técnico, mas também alinha o índice à atual realidade do mercado.