TCU encerra processos sobre compras de participação na JBS pelo BNDES
Após quase sete anos, o Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou, na última terça-feira, três processos que investigavam a compra de ações da JBS pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A maioria dos ministros do TCU considerou que as operações, realizadas via BNDESPar, não acarretaram prejuízos aos cofres públicos. Em comunicado, […]
TCU encerra processos sobre compras de participação na JBS pelo BNDES
Após quase sete anos, o Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou, na última terça-feira, três processos que investigavam a compra de ações da JBS pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A maioria dos ministros do TCU considerou que as operações, realizadas via BNDESPar, não acarretaram prejuízos aos cofres públicos. Em comunicado, o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercantes, destacou que as transações resultaram em um lucro de R$16,5 bilhões para a instituição, em valores nominais.
“Decisões como a do dia de hoje reforçam a qualidade, o profissionalismo e a motivação do corpo de funcionários do BNDES e ajudam a explicar os excepcionais resultados da instituição”, disse.
Em nota, Luciano Galvão Coutinho, que ocupava a presidência do BNDES durante as operações investigadas, elogiou as decisões do TCU, considerando-as “corretas e justas”. Ele afirmou que a atuação do Banco sempre foi guiada pelos princípios de rigor, integridade e impessoalidade, em conformidade com os padrões éticos e legais. Coutinho também ressaltou sua total confiança na imparcialidade dos processos colegiados do BNDES.
Vale lembrar que os processos em questão investigavam a aquisição de participação acionária do BNDES na JBS – a qual, com o apoio da capitalização, adquiriu as empresas americanas Swift e Pilgrim’s, além da brasileira Bertin.
Estas operações foram realizadas entre 2005 e 2014. Mesmo após um desinvestimento efetuado em 2021, o banco ainda detém uma parcela de 20,81% do capital da empresa, que nos últimos anos se consolidou como líder global no setor de proteínas animais, registrando uma receita líquida de R$364 bilhões em 2023.