Taxas de juros do cartão de crédito atingem maior nível desde 2017
O Banco Central divulgou que as taxas de juros cobradas pelos bancos no rotativo do cartão de crédito aumentaram, com um acréscimo de 7,8 pontos percentuais entre abril e maio. A taxa atingiu 455,1% ao ano, o maior nível desde março de 2017 (490,3%). Em abril de 2017, entrou em vigor uma regra que obriga […]
O Banco Central divulgou que as taxas de juros cobradas pelos bancos no rotativo do cartão de crédito aumentaram, com um acréscimo de 7,8 pontos percentuais entre abril e maio. A taxa atingiu 455,1% ao ano, o maior nível desde março de 2017 (490,3%).
Em abril de 2017, entrou em vigor uma regra que obriga os bancos a transferirem a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, com juros mais baixos, após um mês. O objetivo do governo com essa nova regra era reduzir a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito, pois teoricamente o risco de inadimplência diminui com a migração para o parcelado.
O rotativo do cartão de crédito, juntamente com o cheque especial, é uma opção de crédito de emergência muito utilizada em momentos de dificuldades financeiras. Devido às altas taxas de juros, o Ministério da Fazenda estabeleceu um grupo de trabalho com os bancos e o Banco Central para buscar soluções para essa questão.
De acordo com Marcos Pinto, secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, o governo não tem planos de fixar uma tabela de juros nem de tabelar o parcelado sem juros, que alguns agentes do setor consideram um dos responsáveis pelos altos juros no rotativo. No Banco Central, as medidas iniciais visam melhorar a portabilidade e a transparência.
No caso do parcelado, ainda dentro do cartão de crédito, a taxa de juros passou de 200,5% para 194,3% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que engloba as operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 104,6% para 106,2%.
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