Segundo o Banco Central, BC, o brasileiro tem recorrido ao saque da poupança com maior recorrência. O valor já atingiu a casa de R$33,63 bilhões nas últimas semanas. 

A retirada líquida* tem sido a maior quando comparado com os todos os meses anteriores, desde o ano de 1995. 

*Retirada líquida: É o número de saques menos o número de depósitos feitos em determinado período. 

Inflação não tem ajudado muito

Mesmo que a poupança tenha passado a render mais que a inflação, ainda assim isso não tem sido o suficiente para segurar o dinheiro dentro dos cofres. 

Tal comportamento dos brasileiros pode se explicar para pagar dívidas ou então para buscar investimentos que sejam mais rentáveis. Portanto, é de se esperar que a política econômica brasileira busque alternativas para se tornar uma das primeiras opções de investimento para os brasileiros novamente. 

Com investimentos que contemplam a Taxa Selic, como o CDI e o CDB, é natural que o retorno e a segurança de investimentos assim acabem deixando para trás a poupança. Investimentos de renda fixa estão tendo alta na procura por brasileiros que pretendem deixar o dinheiro investido e sem grandes movimentações. 

Último recorde de saques da poupança foi em agosto de 2022

A tendência de retirada de dinheiro da poupança já estava sendo comum. O último registro ocorreu em agosto de 2022, onde os correntistas sacaram mais de 22 bilhões de reais. O valor foi maior do que o valor depositado no mesmo mês. 

Cabe ressaltar que o ano de 2022 também foi marcado por um alto endividamento e inflação igualmente expansiva. A fuga líquida da caderneta registrou um recorde de mais de 103 bilhões de reais. 

Quando se lembra do ano de 2020, essa realidade era bem diferente, onde houve captação líquida de R$166,31 bilhões.

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Equipe MI

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