Raízen encerra operação recorrente de planta piloto de etanol de 2ª geração em Piracicaba (SP)
A Raízen anunciou o encerramento da operação recorrente de sua planta piloto de etanol de segunda geração em Piracicaba, SP, a partir da próxima safra.

A Raízen (RAIZ4), uma das principais empresas de bioenergia do Brasil, anunciou uma importante mudança em suas operações. A companhia decidiu encerrar a operação recorrente de sua planta piloto de etanol de segunda geração, localizada no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. A partir da próxima safra, que tem início no dia 1º de abril, a planta será convertida em uma unidade dedicada exclusivamente a testes e ao desenvolvimento futuro de biocombustíveis, especialmente o etanol de segunda geração.
Mudança estratégica nas operações da Raízen
A decisão de interromper a produção recorrente de etanol de segunda geração (E2G) na planta piloto de Piracicaba marca uma nova fase para a Raízen, que buscará focar seus esforços em inovações tecnológicas e no aprimoramento de processos em escala reduzida. A planta de Piracicaba, conhecida como Copi, foi inaugurada em 2015 e desde então passou por várias transformações e melhorias com o objetivo de desenvolver uma tecnologia mais eficiente para a produção do etanol de segunda geração. Com a mudança, o local deixará de ser uma unidade de produção regular e passará a se concentrar exclusivamente em estudos e experimentações voltadas para o biocombustível.
Por que a Raízen está fazendo essa mudança?
O fechamento da operação recorrente da planta piloto está ligado à evolução das tecnologias de produção de etanol de segunda geração. A Raízen destaca que a tecnologia desenvolvida na planta piloto de Piracicaba já foi replicada em escala comercial na unidade de Bonfim, que está em operação desde 2023. Além disso, a empresa já implementou a mesma tecnologia em outras unidades que estão em fase de comissionamento, como a planta Univalem e a Barra, que entrarão em operação assim que obtiverem as autorizações necessárias.
Ao interromper a produção na planta de Piracicaba, a Raízen pode concentrar seus esforços na validação de novos processos e no aprimoramento de suas tecnologias nas unidades já em operação e nas que estão sendo preparadas. Isso permitirá uma redução de custos, otimização dos processos e a ampliação das operações comerciais com etanol de segunda geração. Esse movimento reflete a busca da empresa por inovação e eficiência, alinhando-se às tendências globais de sustentabilidade e à crescente demanda por fontes de energia renováveis.
Tecnologia de etanol de segunda geração: um diferencial para a Raízen
O etanol de segunda geração é produzido a partir da biomassa da cana-de-açúcar, mais especificamente da palha e do bagaço da planta, que são fontes não alimentícias e, portanto, contribuem para a diminuição do impacto ambiental. A produção dessa modalidade de etanol representa uma importante inovação tecnológica, uma vez que reduz a dependência do açúcar e do etanol de primeira geração, além de permitir um melhor aproveitamento das matérias-primas agrícolas. Esse tipo de etanol tem sido visto como uma solução estratégica para a redução de emissões de gases do efeito estufa, especialmente em um cenário de crescente preocupação com a sustentabilidade.
A Raízen tem investido fortemente na pesquisa e desenvolvimento do etanol de segunda geração desde sua criação e, ao transferir essa tecnologia para suas unidades comerciais, a empresa está reforçando sua posição de liderança no mercado de bioenergia. A companhia também se destaca pela sua capacidade de adaptar suas operações e otimizar seus processos com base nas necessidades do mercado e nas demandas ambientais.
O futuro do etanol de segunda geração para a Raízen
Com o encerramento das operações recorrentes na planta piloto de Piracicaba, a Raízen planeja continuar desenvolvendo inovações tecnológicas no setor de biocombustíveis. Além de aprimorar a produção de etanol de segunda geração, a empresa continuará investindo em pesquisas voltadas para novas alternativas energéticas e melhorias no aproveitamento das matérias-primas. O foco em testes e desenvolvimentos futuros garante à Raízen uma posição de vanguarda no que diz respeito à busca por soluções mais sustentáveis e eficientes no mercado de bioenergia.
Além disso, a Raízen deve expandir ainda mais suas operações nas plantas Univalem e Barra, que deverão iniciar a produção de etanol de segunda geração após a devida autorização das autoridades competentes. Esse movimento reforça a estratégia da companhia de consolidar sua produção comercial enquanto continua a inovação em suas unidades de pesquisa.