A oferta de ações que conduzirá à privatização da Sabesp (SBSP3) será inteiramente secundária, significando que não haverá emissão de novos papéis, apenas a venda das ações atualmente detidas pelo Estado de São Paulo.

Essa informação foi divulgada pelo governador da capital paulista, Tarcísio de Freitas, durante uma coletiva realizada na última segunda-feira (03). Segundo o governador, foram deliberados mais cedo os detalhes sobre o aporte de investimentos e o modelo de vendas da estatal de saneamento.

“O processo de oferta está dentro do cronograma e das expectativas do governo”, afirmou Freitas. Ele planeja realizar o leilão de desestatização ainda este mês, conforme o cronograma do Estado, embora haja uma janela para que a operação ocorra até o final de agosto.

Definição do novo conselho de administração

Além do modelo de oferta, o governo de São Paulo também definiu a configuração do novo conselho de administração da Sabesp.

Natália Resende, secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil), informou que o conselho será composto por nove membros: três indicados pelo governo, três por um acionista de referência e três independentes.

O presidente do conselho será indicado pelo acionista de referência, enquanto o governo se absterá de nomear um CEO. Além disso, todas as indicações do governo de São Paulo deverão ter no mínimo cinco anos de experiência no setor de utilities.

Embora Resende não tenha revelado datas específicas para a operação, ela afirmou que a Semil abrirá “em breve” o cadastramento para interessados no posto de acionista de referência.

O preço das ações ainda não foi definido e permanecerá sob sigilo. Conforme a secretária de Meio Ambiente, o objetivo é escolher o book que maximize o retorno financeiro para o Estado, sendo que o maior volume de transação e o preço ponderado determinarão o vencedor do leilão.