Petróleo hoje cai com temores sobre oferta da OPEP+ e tensões no Oriente Médio
Quedas refletem preocupações econômicas e geopolíticas que afetam a demanda global.

O mercado de petróleo começou esta segunda-feira (28) no vermelho, refletindo um cenário cheio de incertezas econômicas e tensões geopolíticas. Logo cedo, por volta das 8h15, o Brent recuava 0,46%, negociado a US$ 65,50 o barril. Já o WTI, padrão dos Estados Unidos, também mostrava queda de 0,46%, cotado a US$ 62,73.
O clima de tensão nos preços vem, principalmente, da expectativa de que a OPEP+ possa aumentar a produção de petróleo. A organização e seus aliados devem se reunir no início de maio e, caso confirmem essa decisão, será o segundo mês consecutivo de ampliação da oferta global.
Essa possível alta na produção chega num momento delicado. A demanda mundial ainda patina por causa das incertezas econômicas, com a guerra comercial pesando sobre o crescimento global e afetando diretamente o consumo de combustíveis.
Tensões no Oriente Médio elevam o alerta no mercado
No cenário geopolítico, a situação também é preocupante. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que vê com “extrema cautela” as negociações em andamento com os Estados Unidos, que continuam esta semana em Omã.
Além disso, uma forte explosão atingiu o maior porto do Irã, em Bandar Abbas, deixando pelo menos 40 mortos e mais de 1.200 feridos. O episódio acontece num momento sensível para Teerã e aumenta ainda mais a tensão na região.
Com tudo isso no radar, o mercado de petróleo hoje está particularmente volátil. Investidores ficam atentos tanto às movimentações diplomáticas quanto às possíveis mudanças na política de produção da OPEP+, que podem balançar ainda mais os preços nos próximos dias.
Normalmente, episódios de tensão no Oriente Médio empurram os preços para cima, por conta do medo de problemas na oferta. Mas, desta vez, o fantasma do excesso de petróleo no mercado parece estar falando mais alto e pesa sobre as cotações neste começo de semana.
Para quem acompanha o setor, o recado é claro: os próximos dias devem ser marcados por volatilidade. Cada novo dado econômico ou fato político vindo das principais regiões produtoras pode fazer o mercado oscilar ainda mais.
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