Petrobras vence Leilão de Petróleo da União e leva três dos sete lotes
Disputa movimentou R$ 28 bilhões e superou expectativas da PPSA; lote maior foi arrematado pela estatal
A Petrobras se destacou como a principal vencedora do 5º Leilão de Petróleo da União, realizado na manhã desta quinta-feira (26) pela estatal Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). A empresa arrematou três dos sete lotes disponíveis no certame: os lotes 1, 4 e 7. Juntos, eles representam 36,5 milhões de barris de petróleo, praticamente metade dos 74,5 milhões ofertados no evento.
O leilão superou as expectativas da PPSA e movimentou aproximadamente R$ 28 bilhões, valor R$ 3 bilhões acima da estimativa inicial feita pela organização. Apesar do montante não entrar imediatamente nos cofres públicos, os recursos serão recebidos gradualmente, conforme a entrega do petróleo aos vencedores for ocorrendo.
Além da Petrobras, outras empresas e consórcios marcaram presença na disputa. A Petrochina, em aliança com a Refinaria de Mataripe, ficou com os lotes 5 e 6, equivalentes a cerca de 10 milhões de barris. A dupla ofereceu um deságio de US$ 0,65 por barril em relação ao preço do Brent datado, o menor já registrado nos leilões da PPSA.
Outros vencedores do leilão
A Galp, em parceria com a ExxonMobil, venceu a disputa pelo lote 2, composto por 14 milhões de barris. A proposta da parceria foi de US$ 1,35 de deságio por barril. Já a empresa norueguesa Equinor levou o lote 3 após uma intensa disputa em viva voz, oferecendo US$ 1,11 de desconto por barril.
Segundo o presidente da PPSA, Luis Paroli, a expectativa é ainda mais otimista para o próximo ano. “Nossa perspectiva é continuar crescendo ano a ano em volumes. Para 2026, queremos licitar 100 milhões de barris, com potencial de arrecadação de cerca de R$ 37 bilhões”, afirmou.
O sucesso da rodada de 2025 reforça o papel estratégico da Petrobras no setor energético nacional e demonstra o interesse contínuo de empresas estrangeiras nos recursos do pré-sal. O petróleo licitado pertence à União e é resultado do regime de partilha de produção, onde o governo tem direito a uma parcela do óleo extraído.
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