Petrobras pode reduzir investimentos e ampliar dividendos em 2025
A Petrobras está se preparando para um aumento significativo nos dividendos em 2025, impulsionado pela redução de investimentos e revisão do teto de dívida.

A Petrobras (PETR4) está prestes a divulgar seu novo plano estratégico para 2025-2029, e a expectativa de investidores e assessores é de que a empresa possa revisar sua estrutura de capital de forma a liberar mais recursos para a distribuição de dividendos. Entre as principais projeções estão a possibilidade de redução nos investimentos (capex) e ajustes no teto de dívida bruta, visando otimizar o capital da companhia e atender às demandas dos acionistas por maior retorno financeiro.
Segundo Lucas Bosquesi, assessor da InvestSmart de Santo André, a administração da Petrobras tem dado sinais de que busca mais flexibilidade em sua estrutura de capital para maximizar os dividendos extraordinários, o que é um movimento estratégico bem-recebido pelos investidores. “Quando olhamos para a trajetória de Petrobras nos próximos anos, com o foco em ajustes no teto de dívida, posição de caixa e capex, vemos uma administração que busca otimizar seu capital de forma a garantir uma estrutura mais flexível. Isso pode ser interpretado como uma tentativa de preservar e, em momentos oportunos, ampliar o pagamento de dividendos extraordinários”, explica Bosquesi.
Foco na redução do capex e flexibilidade no teto de dívida
Uma das principais expectativas do mercado é a possibilidade de que a Petrobras reduza seu capex para 2025, de US$ 21 bilhões para cerca de US$ 17 bilhões. Essa revisão seria parte de uma estratégia mais conservadora da empresa para focar em projetos de exploração e produção (E&P) mais rentáveis e de menor tempo de retorno, favorecendo o fluxo de caixa.
“Para quem está preocupado com geração de caixa e dividendos a curto prazo, as sinalizações recentes de redução de capex e maior clareza sobre a estrutura de capital podem ser vistas como uma luz positiva”, avalia Bosquesi. “O foco na distribuição de dividendos, aliado a uma possível redução no patamar de investimentos para 2025, pode gerar retornos atrativos aos acionistas”, acrescenta.
Além da redução de capex, outro movimento importante seria o ajuste no teto de dívida da Petrobras. Hoje, o teto está em US$ 65 bilhões, valor que foi estabelecido em um contexto de maior dificuldade operacional e com custos de dívida mais elevados.
Impacto nos acionistas e considerações sobre o cenário externo
Apesar das expectativas otimistas, Lucas Bosquesi faz uma ressalva importante: as decisões da Petrobras são fortemente influenciadas por fatores externos, como as flutuações no preço do petróleo e as pressões governamentais. “Embora as perspectivas de dividendos sejam animadoras, é fundamental lembrar que a Petrobras é uma companhia cujas decisões estão sempre sujeitas a influências macroeconômicas e políticas”, pondera.
O especialista ressalta que é crucial alinhar as expectativas dos investidores, especialmente os que já estão expostos ao papel ou que consideram aumentar suas participações. “Lembrando que sempre é importante conversar com o cliente sobre seus objetivos de investimento e tolerância ao risco antes de qualquer alocação”, completa Bosquesi, enfatizando a importância de considerar fatores de risco ao avaliar o futuro da estatal.
A divulgação do novo plano estratégico da Petrobras será um evento chave para determinar o futuro da companhia. Investidores aguardam com atenção as decisões que a empresa tomará sobre sua estrutura de capital, os níveis de investimento e o pagamento de dividendos.