Na segunda-feira (22), o deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, afirmou que haverá consequências caso a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, não seja reduzida.

Ao reforçar a posição de muitos membros do governo contra a política do Banco Central, Guimarães argumentou que os indicadores econômicos estão melhorando, o que justificaria uma flexibilização da política monetária.

“Não há alta inflação, o desemprego está diminuindo e o crescimento está se estabilizando… Estamos implementando as reformas necessárias e nada disso justifica a ausência de uma redução”, afirmou o líder governista em entrevista ao Jornal GGN.

“Se isso não acontecer, acredito que haverá consequências no segundo semestre em todas as áreas”, acrescentou.

Anteriormente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou que observou uma grande desaceleração na inflação brasileira, mas ressaltou que o núcleo dos preços ainda permanece elevado e as expectativas de aumento nos preços continuam altas.

Durante a entrevista de segunda-feira, Guimarães também fez comentários sobre as negociações relacionadas ao novo marco fiscal do governo. Segundo ele, o projeto que será votado terá “o texto possível” — não tão satisfatório para a esquerda, mas também sem ceder excessivamente às demandas da direita.

“É um meio-termo”, avaliou o deputado.

A previsão é de que a Câmara dos Deputados vote o novo arcabouço fiscal em plenário ainda nesta semana.

Equipe MI

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