Itaú (ITUB4): XP eleva preço-alvo para R$ 45
A XP Investimentos elevou o preço-alvo do Itaú (ITUB4) para R$ 45 em 2026 e manteve a ação como top pick no setor financeiro, com potencial de valorização de 17%.

O Itaú (ITUB4) voltou a ganhar destaque no mercado após a XP Investimentos revisar suas projeções para o banco e elevar o preço-alvo das ações de R$ 43 para R$ 45 em 2026. A corretora reiterou a recomendação de compra e manteve o papel como top pick entre os bancos listados na B3, mesmo depois da valorização de 38% acumulada apenas neste ano. O novo relatório sinaliza um potencial de alta de 17%, reforçando a visão de que o maior banco privado do país segue em posição privilegiada dentro do setor.
Recomendação e potencial de valorização
A XP destacou que a decisão de ajustar o preço-alvo do Itaú (ITUB4) reflete o sólido desempenho do banco em diferentes linhas de negócio e sua capacidade de sustentar margens elevadas em um cenário competitivo. Para os analistas, a ação continua sendo a mais atrativa entre as grandes instituições financeiras brasileiras.
Atualmente, os papéis do Itaú são negociados a 8,2 vezes preço/lucro (P/L) e 1,9 vez preço/valor patrimonial (P/VPA) projetados para 2026. Esses múltiplos são superiores aos de concorrentes como Banco do Brasil, Bradesco e Santander, mas, segundo a XP, o prêmio se justifica pela rentabilidade estruturalmente mais alta, pela eficiência operacional e pela consistência na alocação de capital.
Itaú (ITUB4) e a vantagem competitiva sobre os rivais
O diferencial do Itaú (ITUB4) em relação aos demais bancos está na capacidade de manter um retorno sobre patrimônio (ROE) elevado ao longo do tempo. Esse indicador é considerado um dos mais relevantes para medir a lucratividade das instituições financeiras, e a XP aposta que, com a estratégia atual, o banco pode superar a marca de 25% de ROE nos próximos anos.
Além disso, a solidez no controle da inadimplência e a liderança em eficiência operacional reforçam a percepção de que o Itaú segue bem posicionado para sustentar ganhos mesmo diante de ciclos econômicos adversos.
Avanço digital do Itaú impulsiona perspectivas
Outro ponto de destaque no relatório da XP é o avanço digital do Itaú (ITUB4). Os investimentos contínuos em tecnologia e na transformação cultural têm colocado o banco em vantagem frente a outros incumbentes. A instituição hoje apresenta os melhores índices de inadimplência e de rentabilidade do setor, reflexo de uma digitalização estratégica e consistente.
A expectativa é de que, no Itaú Day 2026, marcado para 2 de setembro, o banco forneça mais clareza sobre seu roteiro de eficiência e sobre como pretende seguir equilibrando inovação digital com a manutenção de sua rede física.
Estratégia phygital: integração entre físico e digital
Apesar de estar cada vez mais digital, o Itaú (ITUB4) deve manter uma rede relevante de agências. A XP estima que o número de unidades não ficará significativamente abaixo de 1.500 agências, em comparação às atuais 2.114. Essa estratégia “phygital” busca combinar o alcance físico com a eficiência digital, garantindo atendimento em segmentos que ainda exigem presença presencial, como operações de crédito específicas.
Com isso, o banco deve manter sua cobertura nacional, mas com uma estrutura de pessoal mais enxuta, o que deve contribuir para ganhos adicionais de eficiência e redução de custos.
Estrutura de pessoal e digitalização crescente
A transição para o digital também tem impacto direto na força de trabalho. Hoje, aproximadamente 18% dos funcionários do Itaú estão alocados em áreas ligadas à tecnologia, número ainda inferior ao do Nubank, onde essa fatia chega a 30%.
No entanto, os analistas da XP destacam que essa proporção tende a crescer, e que a digitalização permitirá ao banco:
- Reduzir custos de estrutura (CTS);
- Tornar novamente lucrativos alguns nichos de clientes;
- Elevar o retorno sobre patrimônio (ROE), podendo ultrapassar 25% em médio prazo.
Perspectivas para os investidores
A XP Investimentos reforça que, mesmo após a forte valorização em 2025, o Itaú (ITUB4) ainda oferece espaço para ganhos relevantes. O relatório evidencia que a combinação entre alta rentabilidade, transformação digital e estratégia de atendimento híbrido deve sustentar a liderança do banco no setor financeiro.
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