BC prepara leilões de linha de US$ 1 bilhão para evitar apertos no mercado de câmbio
As operações envolvem venda de dólares com recompra futura, sendo o leilão A com recompra em 3 de fevereiro de 2026 e o leilão B em 2 de abril.

O Banco Central (BC) anuncia leilões de linha de US$ 1 bilhão para a próxima segunda-feira, 21 de outubro, em uma estratégia voltada à rolagem de vencimentos que ocorreriam em 4 de novembro. O comunicado oficial da autarquia detalha que serão dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, movimentação que visa manter a liquidez do mercado financeiro e a estabilidade do câmbio.
Esses leilões de linha são instrumentos importantes utilizados pelo BC para garantir recursos em moeda estrangeira sem impactar negativamente as reservas internacionais. A operação é considerada estratégica, especialmente em períodos de maior volatilidade do dólar frente ao real.
Datas e funcionamento dos leilões de linha
O Banco Central informou que as propostas serão recebidas entre 10h30 e 10h35, um intervalo curto que permite que o mercado se ajuste rapidamente às condições da operação. As operações de venda de dólares serão liquidadas em 4 de novembro, enquanto a recompra será feita em datas diferentes, de acordo com cada leilão:
- Leilão A: recompra em 3 de fevereiro de 2026
- Leilão B: recompra em 2 de abril de 2026
Essa divisão permite ao BC escalonar os compromissos e reduzir riscos de concentração de vencimentos no curto prazo, mantendo previsibilidade para investidores e instituições financeiras.
Por que o BC realiza leilões de linha
Os leilões de linha de dólares têm como principal objetivo rolar vencimentos de operações anteriores, garantindo que o mercado não sofra com a falta de liquidez. Além disso, essas operações ajudam a controlar a volatilidade cambial, permitindo que o Banco Central administre os fluxos de moeda estrangeira de maneira ordenada e previsível.
Essa prática é fundamental em um cenário econômico em que eventos globais ou nacionais podem gerar oscilações significativas no câmbio. Ao realizar esses leilões, o BC protege tanto instituições financeiras quanto o próprio investidor, que depende de estabilidade para planejar suas operações em dólar.
Leilões de linha são também ferramentas importantes de política monetária indireta, já que refletem na percepção do mercado sobre a capacidade do país de honrar compromissos internacionais e manter reservas adequadas.
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