O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aumentou para 5,6% a projeção da inflação para 2023. A nova avaliação foi medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e publicada nesta terça-feira (28). A partir dela, conclui-se que a taxa de inflação deve ficar acima dos 3,25%, com margem de erro de 1,5% para cima ou para baixo, estipulados pelo Copom.

Ainda de acordo com o  Ipea, a revisão do IPCA ocorreu por causa do “desempenho menos favorável dos preços administrados e dos serviços, especialmente os relativos à educação”. A projeção inicial para 2023 produzida em dezembro estipulava 4,9%. 

“A expectativa é que 2023 reflita o que foi observado no primeiro bimestre de 2023, com contínua desaceleração dos preços dos bens e serviços livres, aliada a uma alta mais intensa dos preços administrados”, informou o instituto.

Motivos para a reavaliação do Ipea

Para os preços administrados, o aumento na projeção se explicado por diversos fatores, como o impacto da reoneração dos combustíveis. 

Além disso, os planos de saúde tiveram reajustes acima do esperado no primeiro bimestre de 2023, o que contribuiu para elevar a inflação dos bens e serviços monitorados de 5,6% no final do ano passado para 8,2% na estimativa atualizada.

 A revisão também se justifica pelos serviços livres: mensalidades escolares foram reajustadas acima do que havia sido estimado pelo Ipea no final do ano passado. Como resultado, a inflação para os serviços educacionais subiu de 5,7% para 8,5%.

Previsão de queda no preço dos alimentos

Segundo o Ipea, os preços dos alimentos tiveram uma variação considerada positiva no primeiro bimestre de 2023, o que contrapôs o comportamento de outros segmentos analisados. Dessa forma, a expectativa de inflação para os alimentos ao longo do ano caiu de 5,2% para 4,5%.

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Equipe MI

Equipe de redatores do portal Melhor Investimento.