Em um movimento sem precedentes, investidores estrangeiros atingiram a maior alocação já registrada em ações dos Estados Unidos, consolidando o país como o principal destino de capital internacional. Segundo dados da Federal Reserve e de portais como Yahoo Finanças e Bloomberg, cerca de US$ 18 trilhões estão aplicados em ações americanas, o que representa aproximadamente 30% do valor total do mercado acionário dos EUA.

Esse volume marca um recorde histórico e reflete a crescente confiança global no mercado americano, que continua sendo o mais líquido e regulado do mundo. Em comparação, a média histórica de alocação estrangeira em ações dos EUA era de apenas 19%, segundo o Yahoo Finanças.

Gráfico mostra o recorde histórico de alocação de investidores estrangeiros em ações dos Estados Unidos, com participação ultrapassando 60% em 2025, segundo dados da Federal Reserve e Topdown Charts.

O gráfico acima, elaborado pela Topdown Charts com base em dados da Federal Reserve e da LSEG, evidencia o avanço expressivo da participação estrangeira em ações dos EUA. A alocação ultrapassou 60% dos ativos financeiros americanos detidos por investidores internacionais, atingindo o maior nível desde o início da série histórica.

Por que os investidores estrangeiros estão comprando ações dos EUA?

1. Busca por liquidez e transparência

O mercado acionário dos EUA é reconhecido pela profundidade, regulação e facilidade de negociação. Isso torna as ações americanas uma opção segura para quem busca proteção e previsibilidade, especialmente em períodos de instabilidade econômica global.

2. Realocação entre classes de ativos

Conforme dados da wealthmd.net e moomoo.com, muitos investidores estão reduzindo exposição a títulos do Tesouro americano (Treasuries) e direcionando recursos para ações corporativas, especialmente de grandes empresas de tecnologia, consumo e saúde. A migração reflete a busca por retornos mais atrativos.

3. Valorização ampla do mercado

O desempenho das ações americanas tem sido impulsionado por resultados sólidos de companhias de tecnologia e consumo, além de um cenário macroeconômico favorável. O resultado é uma valorização contínua do mercado dos EUA, que mantém o país no centro do fluxo de capitais internacionais.

Riscos e implicações do recorde

Apesar do otimismo, o aumento da presença estrangeira em ações dos EUA também traz riscos:

  • Vulnerabilidade a saídas rápidas — uma mudança súbita na política monetária ou em tensões geopolíticas pode levar a uma retirada massiva de capital, ampliando a volatilidade.
  • Relação com o déficit comercial — segundo o Business Insider e a Reuters, parte dos dólares recebidos por países exportadores é reinvestida em ativos americanos, reforçando a dependência do ciclo global.
  • Sensibilidade política — medidas fiscais, tributárias e regulatórias do governo americano podem afetar diretamente o apetite estrangeiro por ações dos EUA.

O que dizem os analistas

De acordo com especialistas ouvidos por Reuters e Bloomberg, o movimento reforça o papel central dos EUA no mercado global, mas também aumenta a exposição a riscos sistêmicos. Caso o fluxo de capital estrangeiro desacelere, o impacto sobre os índices americanos pode ser imediato.

Pesquisas recentes com gestores globais indicam que parte dos investidores já planeja reduzir gradualmente a exposição ao mercado americano e diversificar em regiões emergentes nos próximos anos, como forma de equilíbrio estratégico.

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Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.