Inflação ao consumidor (CPI) dos EUA sobe 0,5% em janeiro, acima do esperado
Em janeiro de 2025, o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos registrou uma alta de 0,5%, acima da previsão do mercado de 0,3%.

A inflação nos Estados Unidos mostrou um aumento inesperado em janeiro, com o índice de preços ao consumidor (CPI) registrando uma alta de 0,5% em comparação com o mês de dezembro. Esse resultado superou as expectativas do mercado, que apontavam uma variação de apenas 0,3%. O dado, divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta quarta-feira, 12 de fevereiro, reflete um cenário de pressão inflacionária mais persistente do que o projetado pelos analistas.
O aumento da inflação em janeiro
O aumento de 0,5% do CPI de janeiro representou uma aceleração dos preços em diversos setores da economia dos Estados Unidos. Esse avanço é significativo considerando-se o período de desaceleração observado ao longo de 2024. Para entender a importância desse dado, é preciso lembrar que o CPI é um dos indicadores mais utilizados para medir o impacto da inflação no bolso dos consumidores, refletindo o aumento de preços de itens essenciais, como alimentação, energia e habitação.
Por que o aumento foi inesperado?
O consenso de analistas da LSEG, um importante agregador de previsões econômicas, apontava que o CPI mensal de janeiro deveria ter uma variação de apenas 0,3%. Contudo, o resultado ficou acima das previsões, gerando preocupações sobre uma possível pressão inflacionária mais duradoura. A inflação de janeiro é especialmente importante, pois marca o início do ano e pode influenciar as projeções econômicas para os próximos meses.
Além disso, o dado da inflação de janeiro também ultrapassou as previsões para a inflação anual. Enquanto o mercado esperava um aumento de 2,9% nos preços ao consumidor em relação ao mesmo mês do ano anterior, o resultado registrado foi de 3%. Esse aumento pode reverter parte dos avanços feitos ao longo de 2024, quando a inflação começou a dar sinais de desaceleração.
Os principais fatores da inflação de janeiro
Vários fatores contribuíram para o aumento do CPI em janeiro. O setor de alimentos, que tem grande impacto sobre o custo de vida das famílias americanas, apresentou alta significativa, especialmente em itens essenciais como carnes e laticínios. Além disso, a energia também exerceu pressão, com os preços do combustível e da eletricidade registrando variações acima da média.
O Departamento do Trabalho dos EUA apontou que, apesar da desaceleração em alguns setores, os custos de serviços e bens duráveis, como transporte e aluguel, continuam a subir. Esses componentes são fundamentais para o cálculo do CPI, o que faz com que sua elevação impacte diretamente no índice geral de preços.
O impacto da inflação sobre a economia dos EUA
A inflação persistente tem implicações importantes para a economia americana. Primeiro, ela pode afetar o poder de compra das famílias, que enfrentam custos mais elevados para itens essenciais. Além disso, o aumento da inflação pode levar o Federal Reserve (Fed) a adotar medidas mais rígidas, como o aumento das taxas de juros, para tentar controlar os preços. O efeito dessas políticas pode ser sentido tanto no mercado de crédito, com juros mais altos para financiamentos, quanto no mercado de ações, que costuma reagir negativamente a medidas que possam frear o crescimento econômico.
Em um cenário em que a inflação continua a subir, as autoridades monetárias dos EUA terão de equilibrar a necessidade de controlar os preços com o risco de desacelerar o crescimento econômico. O comportamento da inflação nos próximos meses será crucial para determinar a trajetória das políticas monetárias do Fed.
O que esperar para os próximos meses?
O dado de inflação de janeiro é um sinal de alerta para economistas e analistas que haviam projetado um cenário de desaceleração. Com o CPI se mantendo mais alto do que o esperado, é possível que o Federal Reserve revise suas expectativas de inflação e adote novas estratégias para conter o aumento dos preços. O impacto disso será sentido principalmente nas taxas de juros e no custo de vida das famílias americanas.