Ibovespa renova máxima histórica intradiária, mas fecha em queda
Após atingir uma nova máxima histórica intradiária, marcando oito fortes altas consecutivas, o Ibovespa fechou em queda de 0,15% nesta sexta-feira (16), aos 133.953,25 pontos, uma baixa de 200,17 pontos. Vale destacar que o índice quase manteve os 134 mil pontos nesta sessão, após ter mostrado força na parte da manhã e estabelecido um novo […]

Após atingir uma nova máxima histórica intradiária, marcando oito fortes altas consecutivas, o Ibovespa fechou em queda de 0,15% nesta sexta-feira (16), aos 133.953,25 pontos, uma baixa de 200,17 pontos.
Vale destacar que o índice quase manteve os 134 mil pontos nesta sessão, após ter mostrado força na parte da manhã e estabelecido um novo recorde de 134.781,44 pontos. No entanto, apesar de não ter sustentado o patamar, o IBOV encerrou a semana com um desempenho positivo, acumulando uma alta de 2,56%, sendo esta a segunda semana consecutiva de ganhos.
Na semana anterior, o Ibovespa já havia registrado um avanço de 3,78%, a maior alta em 14 meses. O dólar comercial, por sua vez, recuou 0,31%, fechando a R$ 5,46, após duas sessões de alta.
O movimento positivo de hoje foi impulsionado por fatores internos e externos. No Brasil, o IBC-Br de junho, considerado uma prévia do PIB, trouxe otimismo.
Externamente, os principais índices em Nova York subiram, alimentados pela expectativa de que a recessão temida recentemente talvez não se concretize, e que o Federal Reserve (Fed) poderia reduzir as taxas de juros em sua próxima reunião em setembro.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, sugeriu que o aperto monetário não deve durar mais do que o necessário, indicando que a economia dos EUA não parece estar superaquecida.
No Brasil, porém, a visão sobre a economia é diferente. Fernando Genta, economista-chefe da XP Asset, destacou que, em sua opinião, o Banco Central precisa elevar os juros devido aos sinais de superaquecimento econômico.
Ele mencionou que a inflação, ao contrário de outros países, deixou de melhorar e voltou a subir, com a economia brasileira acelerando, mesmo diante de adversidades climáticas no Rio Grande do Sul. Genta projeta um crescimento do PIB em torno de 3% e observa um mercado de trabalho bastante aquecido.
A economia se mostra aquecida! O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) teve um crescimento de 1,40% em junho, após registrar alta de 0,25% em maio. Em relação a junho de 2023, alta de 3,2%.
Na visão de alguns economistas, o dado do IBC-Br demonstra a força dos estímulos fiscais do primeiro semestre e reforça a linha de que o PIB opera próximo de sua capacidade total. Eles acreditam que o posicionamento do BC é cauteloso e apostam, majoritariamente, na manutenção dos juros por longo período.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não se absteve de mandar o recado: “elevaremos os juros se for necessário“.
Sobe e desce do dia
O mercado teve um dia de volatilidade, com a Vale (VALE3) chegando a cair quase 1% devido a preocupações com a demanda por minério de ferro. No entanto, a ação reduziu as perdas e encerrou o dia com uma queda mais moderada de 0,27%.
A fraqueza contínua nos dados econômicos da China, especialmente em setores intensivos em metais como infraestrutura e imóveis, foi destacada pelo time da Julius Baer como um fator chave para essa pressão sobre a Vale. Em contraste, a Petrobras (PETR4) conseguiu fechar em alta de 0,42%, mesmo com a queda nos preços do petróleo nas principais referências globais.
No setor bancário, o desempenho foi misto. Após doze sessões consecutivas de alta, o Bradesco (BBDC4) registrou uma queda de 1,25%, enquanto o Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 0,84%. Contudo, essas perdas foram parcialmente compensadas pela alta de 0,78% do Banco do Brasil (BBAS3), refletindo a percepção dos analistas de que a temporada de resultados dos grandes bancos foi, em geral, positiva.
O setor de varejo, por outro lado, sofreu perdas significativas. Magazine Luiza (MGLU3) caiu 5,34% e Lojas Renner (LREN3) recuou 3,64%. A Azzas 2154 (AZZA3) também registrou uma queda de 5,27% após seu Investor Day. No entanto, Petz (PETZ3) destacou-se com uma alta expressiva de 9,28%, impulsionada por detalhes sobre as sinergias com a Cobasi, o que reverteu parcialmente a queda de mais de 9% registrada no dia anterior.
Por fim, o IRB Brasil (IRBR3) continuou a registrar ganhos, subindo 5,58% após a forte alta de mais de 30% no dia anterior. Analistas acreditam que ainda há espaço para mais valorização, refletindo o otimismo com a recuperação da companhia.
Maiores altas do Ibovespa nesta sexta (16)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação |
PETZ3 | +9,28 | 3,77 |
RENT3 | +8,67 | 42,60 |
IRBR3 | +5,58 | 44,86 |
VIVT3 | +2,49 | 52,20 |
UGPA3 | +2,13 | 24,00 |
Maiores quedas do Ibovespa nesta sexta (16)
Ticker | Valorização (%) | Valor por ação |
MGLU3 | -5,34 | 12,58 |
AZZA3 | -5,27 | 51,10 |
COGN3 | -4,32 | 1,33 |
AZUL4 | -4,26 | 7,41 |
JBSS3 | -3,88 | 36,45 |
Ibovespa, dólar e índice das bolsas americanas
Nome | Fechamento | Variação em pts | Variação em % |
🇧🇷 Bovespa | 133.953,25 | –200,17 | -0,15 |
🇧🇷 USD/BRL | 5,4758 | −0,0086 | −0,16 |
🇺🇸 S&P 500 | 5.554,26 | +11,05 | +0,20 |