O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, anunciou na última quarta-feira (16) que o governo federal autorizou a formação de um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, conhecido como “Conselhão”, para discutir as causas e possíveis soluções para os juros altos no país.

A confirmação da criação do grupo veio por meio de nota oficial do governo.

“Hoje reiteramos com o presidente Lula, que autorizou que formalizássemos uma frente, um fórum para debater as causas elevadas dos juros bancários”, afirmou Sidney a jornalistas, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e representantes do setor bancário.

Sidney enfatizou que juros altos não são do interesse do setor bancário, pois representam riscos para o crédito e aumentam a inadimplência.

“O que nós queremos é que a economia possa ser previsível, estável, com inflação controlada. Nós ansiamos para que o Banco Central possa, assim que possível, reiniciar o ciclo de queda da taxa de juros”, disse ele.

“Nosso desejo enquanto setor bancário é que a gente possa ter juros na economia mais baixos, juros bancários e spreads menores e, com isso, consigamos democratizar o acesso ao crédito”, acrescentou.

De acordo com Padilha, o grupo de trabalho deve ser formalizado ainda neste mês e contará com representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central, da Febraban, além de bancos públicos e privados.