Gleisi Hoffmann defende Janja após ação popular movida por vereador bolsonarista
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, após uma ação popular movida por Guilherme Kilter, vereador de Curitiba, que questiona a legalidade de sua equipe de trabalho.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), manifestou apoio público à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, diante da ação popular movida contra ela por um vereador bolsonarista de Curitiba. A parlamentar acusou a direita e grupos machistas de estarem por trás dos ataques à Janja, que, segundo Gleisi, se dedica a causas como os direitos das mulheres e o combate à fome.
A ação que gerou o apoio de Gleisi à primeira-dama foi movida pelo vereador Guilherme Kilter, do Partido Novo. O político bolsonarista acusa Janja de manter uma equipe de trabalho de pelo menos 12 pessoas à sua disposição, mesmo sem ocupar um cargo formal no governo. A alegação de Kilter é que a equipe de Janja violaria princípios fundamentais da administração pública, como os da legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade.
Segundo Kilter, a permanência da equipe dedicada a Janja configura uma utilização indevida de recursos públicos e uma violação das normas do serviço público. A ação popular, que ainda aguarda um parecer do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para decidir em qual jurisdição o processo deverá tramitar, reflete uma tentativa da oposição de questionar as atividades de Janja, especialmente em relação aos cargos não oficiais que ela exerce.
Em uma postagem feita no X (antigo Twitter) na última quarta-feira (29), Gleisi Hoffmann criticou a ação popular e reafirmou o apoio a Janja. A presidente do PT destacou que a primeira-dama está sendo alvo de ataques devido ao seu envolvimento em causas relevantes para o país, como o combate à fome e a promoção dos direitos das mulheres.
Gleisi se mostrou indignada com o fato de Janja ser atacada por suas iniciativas e mencionou que ela não seria alvo de críticas se permanecesse “omissa diante da realidade”. A deputada também acusou o vereador de Curitiba, autor da ação, de não ter “preparado adequadamente” o processo, afirmando que nem o Judiciário sabe qual tribunal é o responsável pelo julgamento da questão.
“É por atuar em causas relevantes, como os direitos da mulher e o combate à fome, que a companheira Janja sofre tantos ataques. Não seria alvo da extrema-direita, dos machistas e dos preconceituosos se ficasse omissa diante da realidade”, escreveu Gleisi.
A crítica da deputada também visou a confusão gerada pela ação, apontando a falta de clareza sobre a tramitação do processo. Ela finalizou sua postagem mostrando solidariedade a Janja e reafirmando seu compromisso com a luta das mulheres e com as causas sociais defendidas pela primeira-dama.
A ação popular contra Janja, que gera controvérsias, foi rebatida por Guilherme Kilter, o vereador que a propôs. Kilter, em resposta à postagem de Gleisi, ironizou a defesa feita pela presidente do PT, dizendo “Grande dia”, sugerindo que a situação estava sendo amplificada sem necessidade.
O vereador não apenas questiona a legalidade da equipe de Janja, mas também levanta uma bandeira de combate ao uso de recursos públicos sem a devida formalização. Para ele, o fato de a primeira-dama manter uma equipe dedicada a atividades não oficiais dentro do governo configura um desvio de conduta que precisa ser investigado. A crítica à ação popular, por sua vez, é uma tentativa de descredibilizar a acusação e diminuir a importância da discussão legal sobre o caso.