Gestora espera rendimentos atraentes em renda Fixa nos EUA em 2024
A gestora Pimco, que administra US$ 1,7 trilhão em ativos, prevê que, em 2024, os investidores de renda fixa nos EUA poderão alcançar retornos equiparados aos da Bolsa, mesmo diante das recentes quedas nos rendimentos em relação aos picos do ano passado. Em seu relatório de projeções para os próximos seis a 12 meses, a […]

A gestora Pimco, que administra US$ 1,7 trilhão em ativos, prevê que, em 2024, os investidores de renda fixa nos EUA poderão alcançar retornos equiparados aos da Bolsa, mesmo diante das recentes quedas nos rendimentos em relação aos picos do ano passado. Em seu relatório de projeções para os próximos seis a 12 meses, a Pimco mantém a recomendação de não aumentar a exposição às taxas de juros, indicando que os ganhos recentes no mercado de dívida permanecerão em níveis elevados.
Os retornos globais em renda fixa agora se encontram nos “intervalos esperados”, segundo a economista Tiffany Wilding e o diretor de investimentos para renda fixa global Andrew Balls, devido à inflação e aos riscos de crescimento mais equilibrados. A Pimco sugere que, neste cenário, a extensão das durações não é uma estratégia tática convincente, e os retornos favorecem oportunidades com potencial para resistir a diversos cenários macroeconômicos, aproveitando os rendimentos próximos dos máximos dos últimos 15 anos.
A gestora prevê uma possível “mudança descendente em direção à estagnação ou contração moderada” em 2024, com os Estados Unidos superando a Austrália, o Reino Unido e a zona do euro em desempenho, devido à menor sensibilidade dessas economias às taxas de juros. O relatório sugere que, se as condições econômicas atuais persistirem, os títulos de renda fixa têm o potencial de oferecer retornos comparáveis aos das ações com base nos níveis iniciais de rendimento.
A Pimco espera que o Federal Reserve (Fed) inicie cortes nas taxas de juros até meados do ano, retornando eventualmente aos níveis anteriores a 2020 ou ligeiramente acima. Contudo, destaca que é prematuro declarar vitória sobre a inflação, que pode aumentar novamente devido à recente flexibilização financeira nos mercados, junto com a robustez dos consumidores e do setor empresarial.
A gestora sugere estratégias, como a inclinação da curva de rendimentos com base no aumento da emissão de dívida para financiar grandes déficits, diante de quase US$ 6 trilhões alocados no mercado monetário, os quais podem sofrer declínios rápidos nos rendimentos se os bancos centrais começarem a cortar as taxas. A Pimco alerta os investidores sobre o risco de prejuízo ao manter dólares por muito tempo enquanto tentam cronometrar uma reentrada nos mercados.
Outras opiniões da Pimco para os próximos seis a 12 meses incluem a visão de que os títulos do Tesouro indexados à inflação estão precificados de forma razoável, enquanto os títulos garantidos por hipotecas de agências dos EUA e ativos de alta qualidade emitidos com garantias oferecem rendimentos atrativos e resiliência a quedas. Além disso, a gestora prevê que o mercado privado apresentará algumas das melhores safras de créditos desde a crise financeira global, enquanto maiores riscos econômicos negativos fora dos EUA podem impulsionar um melhor desempenho em outros mercados de dívida.
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