Exportação de milho do Brasil poderá cair no ciclo 22/23
De acordo com relatório divulgado pela Safras & Mercado nesta terça-feira (21), o Brasil terá uma redução na exportação de milho para o ciclo de 2022/2023. A estimativa para a produção de milho está entre 40 milhões e 45 milhões de toneladas, ante 46,6 milhões de toneladas na temporada anterior. A justificativa é que os […]

De acordo com relatório divulgado pela Safras & Mercado nesta terça-feira (21), o Brasil terá uma redução na exportação de milho para o ciclo de 2022/2023.
A estimativa para a produção de milho está entre 40 milhões e 45 milhões de toneladas, ante 46,6 milhões de toneladas na temporada anterior. A justificativa é que os exportadores brasileiros provavelmente não estão sendo tão beneficiados por fatores externos como aconteceu em 2022.
Segundo especialistas do mercado, a queda está associada a fatores como o corredor de exportação na Ucrânia, que garante embarques de alguns portos do país em guerra com a Rússia. Além disso uma recuperação da safra de milho da União Europeia, que comprou grandes volumes do cereal brasileiro na temporada passada, após uma quebra pela seca.
Em projeções mais otimistas, o Brasil poderia até mesmo superar os EUA como maior exportador mundial de milho em 2022/23, conforme apontou o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em relatórios recentes. O órgão dos EUA, entretanto, considera períodos diferentes para 22/23.
“Há muita discussão sobre o potencial de exportação de milho brasileiro este ano. As pessoas simplesmente pegam o número do ano passado, adicionam os volumes e projetam os números deste ano. Nós estamos com uma mínima de 40 milhões de toneladas este ano. Por que mínima? Porque temos essas variáveis no segundo semestre que, em princípio, são bem diferentes do ano passado”. Comentou Paulo Molinari, analista da Safras e Mercados, em entrevista à Reuters.
Além disso, Molinari afirmou que embora a China tenha autorizado exportações brasileiras de milho no final do ano passado. O país asiático deve contar com oferta em outros países, como os Estados Unidos, que deverão apresentar maior concorrência ao Brasil.
“Os embarques do Brasil dependerão desta demanda externa dividida com os EUA. Devem ficar entre 40-45 milhões de toneladas, não tem força pra mais do que isso. O restante deve ficar no mercado interno”, completou.