Desaceleração nos preços: IGP-M registra aumento 0,07% em janeiro
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou uma desaceleração, atingindo 0,07% em janeiro, em comparação aos 0,74% registrados em dezembro. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou esses dados nesta terça-feira (30), apontando que o início do ano foi marcado pelo arrefecimento dos preços das matérias-primas brutas. O resultado de janeiro surpreendeu as expectativas, ficando bem […]

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou uma desaceleração, atingindo 0,07% em janeiro, em comparação aos 0,74% registrados em dezembro. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou esses dados nesta terça-feira (30), apontando que o início do ano foi marcado pelo arrefecimento dos preços das matérias-primas brutas.
O resultado de janeiro surpreendeu as expectativas, ficando bem abaixo da previsão de avanço de 0,24% conforme pesquisa da Reuters. Além disso, o índice acumulou uma queda significativa de 3,32% nos últimos 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% do índice geral e que mensura a variação dos preços no atacado, registrou uma queda de 0,09% no mês, distante da alta de 0,97% observada em dezembro. Nesta edição, o Índice de Preços ao Produtor indicou o arrefecimento dos preços das matérias-primas brutas, passando de 3,06% para 0,49%. O coordenador dos índices de preço da FGV, André Braz, destacou que esse cenário pode antecipar a desaceleração dos preços de alimentos industrializados, caso se mantenha nas próximas apurações.
A desaceleração do grupo de Matérias-Primas Brutas foi impulsionada por itens-chave, como a soja em grão, que apresentou uma reversão de alta de 2,03% para uma queda de 5,98%, o minério de ferro, que reduziu seu aumento de 4,63% para 2,87%, e o milho em grão, cuja taxa diminuiu de 11,30% para 6,22%.
Enquanto isso, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no índice geral, acelerou sua alta para 0,59% em janeiro, em comparação à taxa de 0,14% registrada no mês anterior. No segmento do consumidor, a inflação continua concentrada nos grupos de Alimentação (de 0,55% para 1,62%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,65% para 2,11%). A FGV atribui esse resultado aos preços mais elevados dos alimentos in natura, devido a problemas típicos da estação, e aos cursos formais mais caros.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou sua alta para 0,23%, em comparação aos 0,26% registrados em dezembro.
O IGP-M de janeiro, que calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil, considera o período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.