Após a redução da taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% para 12,75% pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), há um aumento nas especulações em relação às próximas decisões. Segundo um relatório do UBS BB, espera-se que os cortes sejam mais acentuados, atingindo 50 pontos-base (pb) por reunião em março do próximo ano. Além disso, o UBS BB também sugere que a Selic pode atingir 8% até setembro de 2024

Ainda de acordo com a análise do banco suíço de investimentos, esses cortes na Selic devem ganhar impulso à medida que a inflação mantém uma tendência de queda. Atualmente, o UBS BB prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal indicador da inflação no Brasil, alcance 3,0% até o final de 2025, enquanto o Banco Central estima 3,5%.

Cortes da Selic podem ajudar a bater meta do PIB

O UBS expressou otimismo em seu relatório, destacando que o Banco Central (BC) está agora enfatizando a importância de atingir suas metas fiscais. Isso é visto como um alívio para as preocupações em torno da meta de déficit zero do Produto Interno Bruto (PIB).

As últimas previsões, que estão alinhadas com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Congresso, sugerem que eliminar o déficit primário em 2024 será um desafio. O UBS BB reforça essa visão, afirmando que ainda esperam um déficit de até 1% do PIB para 2024. No entanto, eles também alertam que uma revisão das metas não seria bem vista pelos mercados, pois poderia levá-los a questionar o compromisso da atual administração com a consolidação fiscal.

Além disso, a previsão de um déficit mais amplo pode incentivar as instituições a tomar medidas para reduzir o déficit abaixo das expectativas.

Quanto ao cenário doméstico após o corte da Selic, o relatório observa que a reunião do Copom identificou uma atividade econômica mais resiliente do que o esperado. No entanto, o UBS BB prevê uma desaceleração nos próximos trimestres, uma visão compartilhada pelo comitê.