A renda fixa se destacou como uma das classes de ativos favoritas durante o ano de 2023. Com a taxa Selic em 13,75% até agosto, os investidores aproveitaram essa oportunidade para aplicar em diferentes títulos, incluindo o Tesouro Direto. Mas agora surge a dúvida: como declarar esses investimentos no Imposto de Renda?

É importante lembrar que a tributação dos investimentos em renda fixa segue o modelo regressivo. Isso significa que quanto mais tempo o dinheiro permanecer investido no título escolhido, menor será a alíquota a ser paga, variando de 22,5% a 15%.

Além disso, a alíquota incide apenas sobre os rendimentos, não sobre o valor total investido, e é cobrada de forma automática no momento do vencimento do título ou do resgate do dinheiro.

Como fazer para declarar os investimentos em renda fixa

Para declarar os investimentos em renda fixa, o primeiro passo é reunir a documentação necessária, incluindo os informes de rendimentos enviados pelas instituições financeiras responsáveis pelos ativos.

Com os documentos em mãos, é preciso preencher duas fichas na declaração do Imposto de Renda: “Bens e Direito” e “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”.

Na ficha “Bens e Direito”, você deve inserir o valor aplicado no investimento, ou seja, o valor original do ativo, não a quantia atualizada. Além disso, é necessário incluir as informações da instituição financeira, como CNPJ.

Na ficha “Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva”, você deve informar o valor dos rendimentos fornecidos pela instituição financeira, juntamente com as demais informações solicitadas, como o CNPJ.

Para cumprir com as obrigações fiscais, o contribuinte tem até o dia 31 de maio para preencher e enviar a declaração à Receita Federal.