C&A (CEAB3) salta 10% após balanço sólido no 3º tri
O lucro líquido ajustado cresceu 41,7%, enquanto a receita líquida avançou 8,9%, refletindo o bom desempenho das vendas de vestuário e o aumento das margens.
Foto: Adobe Stock
As ações da C&A Modas (CEAB3) registraram forte valorização na B3 nesta quarta-feira (5), após a companhia divulgar um balanço do terceiro trimestre de 2025 considerado sólido por analistas do mercado. O desempenho positivo foi impulsionado pelo aumento do lucro líquido, melhoria das margens operacionais e forte geração de caixa, fatores que reforçaram a confiança dos investidores e provocaram uma nova disparada nos papéis.
Por volta das 13h, as ações da C&A (CEAB3) subiam 8,45%, cotadas a R$17,33, liderando as altas do Ibovespa, que avançava 1,13%. Na máxima do dia, chegaram a R$17,56, um salto de 9,89%. O movimento refletiu o otimismo com os números apresentados pela varejista e a percepção de que a companhia mantém uma trajetória de recuperação consistente no setor de moda e vestuário.
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Lucro em alta e margens fortalecidas impulsionam desempenho
No período, o lucro líquido ajustado da C&A atingiu R$73,6 milhões, representando um avanço expressivo de 41,7% em comparação ao mesmo trimestre de 2024. A receita líquida de vestuário também teve bom desempenho, crescendo 8,9% e somando R$1,65 bilhão.
As vendas em mesmas lojas, um dos principais indicadores de desempenho do varejo, apresentaram alta de 8,1%, evidenciando o bom ritmo de consumo e o fortalecimento da estratégia comercial da companhia.
Além disso, a margem bruta consolidada aumentou para 54,6%, enquanto a margem de vestuário alcançou 55,4%, ambas com ganhos de 0,3 ponto percentual sobre o mesmo período do ano anterior. Já a margem Ebitda ajustada (pré-IFRS) ficou em 11,3%, ligeiramente acima dos 11,1% registrados em 2024.
Esses resultados demonstram que a C&A (CEAB3) conseguiu manter eficiência operacional e rentabilidade, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador, marcado por custos de produção mais altos e variações climáticas que impactaram parte do varejo de moda.
Geração de caixa robusta reforça solidez financeira
Outro ponto positivo do balanço foi a geração de caixa livre ajustada, que atingiu R$243,8 milhões no trimestre. A empresa também registrou redução de nove dias no ciclo de conversão de caixa, sinalizando uma gestão mais eficiente de estoques e recebíveis.
Essa performance indica uma melhoria na estrutura financeira da C&A, com foco em sustentabilidade do crescimento e disciplina de capital, fatores valorizados por investidores e analistas.
Em análises de corretoras, a C&A (CEAB3) foi elogiada pela consistência dos resultados e pela execução estratégica, que reforçam a confiança na capacidade de continuidade do desempenho positivo nos próximos trimestres.
Analistas destacam solidez e miram o quarto trimestre
O Bradesco BBI avaliou o balanço da C&A como forte e consistente, com destaque para a produtividade das lojas, a qualidade das vendas de vestuário e a geração de caixa sólida. Segundo o banco, os resultados mostram que a empresa conseguiu equilibrar crescimento e rentabilidade, o que se reflete na reação positiva das ações.
O Itaú BBA também classificou o desempenho como robusto, afirmando que o mercado agora direciona sua atenção para o quarto trimestre, tradicionalmente mais forte para o setor de varejo, devido às vendas de fim de ano.
Em relatório, os analistas destacaram que, apesar das preocupações com a desaceleração da economia brasileira, efeitos climáticos e a possibilidade de uma redução no chamado “imposto da blusa”, a C&A deve seguir superando sua principal concorrente e sustentando margens saudáveis.
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