C&A (CEAB3): XP Investimentos mantém recomendação de compra
A XP Investimentos revisou suas projeções para a C&A (CEAB3) após os resultados do segundo trimestre de 2025.
Foto: Adobe Stock
A XP Investimentos atualizou suas projeções para a C&A (CEAB3) após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025. Apesar de prever um terceiro trimestre mais difícil, a corretora segue confiante no potencial da varejista de moda e manteve a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 23 por papel até o final de 2026.
Recomendação da XP para C&A (CEAB3)
Segundo os analistas liderados por Danniela Eiger, a visão permanece positiva para o papel, mesmo com o ajuste nas estimativas financeiras. O argumento central é que a companhia tem conseguido melhorar sua eficiência e ainda possui espaço para aumentar a produtividade das lojas, fator essencial para sustentar o crescimento da margem operacional nos próximos trimestres.
Revisão das projeções financeiras
A XP reduziu sua projeção de Ebitda em 2,5% a 5% para 2025 e 2026, reflexo da expectativa de maior pressão sobre despesas administrativas e comerciais. Por outro lado, a corretora revisou para cima a projeção de lucro líquido em 7% para 2025, já que a C&A deve se beneficiar da queda de aproximadamente 2% nas despesas financeiras.
Essa combinação indica que, mesmo com desafios no curto prazo, a rentabilidade líquida da empresa pode surpreender positivamente no médio prazo.
Terceiro trimestre deve ser mais desafiador
O principal ponto de atenção para 2025 é o desempenho do terceiro trimestre, que deverá ser mais fraco quando comparado ao mesmo período de 2024. A XP atribui essa projeção às condições climáticas atípicas, já que o inverno mais quente e tardio concentrou as compras entre julho e setembro no ano passado.
Dessa forma, a base de comparação será menos favorável, impactando o ritmo de vendas da companhia. Mesmo assim, os analistas acreditam que o quarto trimestre deve trazer recuperação, equilibrando o desempenho anual.
Produtividade das lojas segue como oportunidade
A C&A enfrentou queda de produtividade nas lojas físicas durante a pandemia e só conseguiu retomar os níveis pré-crise em meados de 2022. Desde então, o indicador cresceu 30%, mas ainda se encontra abaixo dos níveis da principal concorrente, a Lojas Renner.
Segundo a XP, essa diferença representa uma oportunidade significativa: ao continuar investindo em reformas, ajustes logísticos e políticas de precificação, a empresa tem potencial para elevar as vendas por metro quadrado e, consequentemente, melhorar sua margem Ebitda por meio de alavancagem operacional.
Resultados financeiros do 2º trimestre de 2025
No segundo trimestre de 2025, a C&A (CEAB3) apresentou lucro líquido de R$ 200,3 milhões, um crescimento expressivo de 138,9% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo aumento de vendas, pelo controle de despesas e pela alienação da carteira legado do Bradescard, parceria que já não faz parte da operação atual da companhia.
Esse resultado demonstra a capacidade da varejista em gerar valor mesmo em cenários desafiadores, reforçando a confiança do mercado em sua estratégia.
Ebitda e margens em alta
O Ebitda ajustado (pré IFRS-16) atingiu R$ 315,9 milhões no 2T25, alta de 29,8% em comparação ao ano anterior. Além disso, a margem Ebitda chegou a 15,3%, um avanço de 2,1 pontos percentuais frente a 2024.
Dois fatores foram determinantes para esse resultado: a expansão da margem bruta de mercadorias e a melhora nos níveis de perdas líquidas de recuperação. Esses elementos indicam maior eficiência operacional e disciplina no controle de custos, aspectos valorizados pelos investidores.
Achou este conteúdo útil?
Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: Instagram | Facebook | Linkedin