Caso Americanas: ex-presidente da empresa presta depoimento
O ex-presidente da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, prestou depoimento nesta quinta-feira (16) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Rio de Janeiro. Gutierrez é peça principal no desdobramento das investigações sobre as inconsistências contábeis que levaram a varejista a pedir recuperação judicial. A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro, logo após divulgar inconsistências contábeis […]
O ex-presidente da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, prestou depoimento nesta quinta-feira (16) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Rio de Janeiro.
Gutierrez é peça principal no desdobramento das investigações sobre as inconsistências contábeis que levaram a varejista a pedir recuperação judicial.
A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro, logo após divulgar inconsistências contábeis no valor de R$ 20 bilhões e uma dívida total de mais de R$ 40 bilhões. Desde então, a CVM e outras autoridades brasileiras iniciaram investigações.
O depoimento de Miguel Gutierrez, CEO da Americanas que por duas décadas liderou a empresa, durou cerca de quatro horas. Ele deixou a sede da CVM no Rio de Janeiro acompanhado de um advogado e sem falar com a imprensa.
A CVM já ouviu outros ex-executivos da Americanas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, incluindo o ex-CEO Sergio Rial, que substituiu Gutierrez apenas nove dias antes do escândalo vir à tona, e renunciou ao cargo pouco depois.
Crise na Americanas (AMER3)
O caso Americanas agitou o mercado financeiro em janeiro – e ainda vem deixando investidores preocupados.
A crise foi instaurada na empresa quando o recém-empossado CEO, Sergio Rial, anunciou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões. Valor que, mais tarde, evoluiu para um impressionante rombo de R$ 43 bilhões.
Desde então, as ações da empresa derreteram, levando junto papéis de outras varejistas, como Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3). Até o próprio Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, caiu com a turbulência.
Outros mercados também foram afetados pela crise, como o de FIIs (fundos imobiliários) que são lastreados em imóveis ocupados por lojas da rede, e o de FIDCs (Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios).