Do Brasil a novas terras no Paraguai; Ratinho fatura milhões no agronegócio
Com propriedades que somam milhares de hectares, Ratinho consolidou-se como um dos maiores produtores individuais do agro brasileiro.
Imagem: Facebook Ratinho/Reprodução
Carlos Roberto Massa, o Ratinho, é uma das figuras mais notáveis da televisão brasileira, famoso, sobretudo, por seu carisma e programas de auditório. No entanto, por trás dos holofotes e dos bordões, o apresentador — possivelmente entre os bilionários brasileiros — construiu um império financeiro robusto — no qual o agronegócio é um importante pilar.
Entre os maiores produtores individuais do país, o apresentador é dono de diversas fazendas, que juntas já abrigaram cerca de 50 mil cabeças de gado e uma expressiva atividade agrícola. Atualmente, suas propriedades abrigam uma enorme produção de culturas como soja, milho e café.
Qual a fortuna do Ratinho?
Não há um valor oficial ou público consolidado sobre a fortuna de Ratinho. Estimativas divulgadas no último ano pela mídia, apontam uma quantia próxima de R$ 530 milhões, levando em conta apenas parte de seus empreendimentos. Mais recentemente, informações do portal iG apontam um valor mais elevado, algo em torno de R$ 1 bilhão ou mais.
Para se ter uma dimensão mais clara de seu patrimônio, basta observar a ampla diversidade de negócios em que Ratinho atua — que vão muito além de suas propriedades rurais.
A lucrativa produção de gado e commodities é apenas uma das vertentes de um império que inclui a Rede Massa de comunicação e o setor de hotelaria, que o próprio Ratinho já indicou ser o seu negócio mais rentável.
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Negócios de Ratinho
Comunicação (TV e rádio)
Dono da Rede Massa — emissoras afiliadas ao SBT — Ratinho concentra a presença televisiva de seu grupo no interior e em capitais do Sul e Sudeste. O Grupo Massa é apresentado oficialmente como um conglomerado de comunicação que reúne mais de 6 emissoras, plataformas digitais e conteúdo local.
O apresentador ainda conta com 77 estações de rádio sob o guarda-chuva do grupo em diferentes regiões do país.
Agronegócio (pecuária e lavouras)
O agronegócio é apontado como um dos principais pilares da fortuna de Carlos Massa. O apresentador seria dono de 19 fazendas distribuídas por estados como Paraná e Acre, que abrigam um rebanho estimado em cerca de 50 mil cabeças de gado, além de extensas lavouras de soja, milho e café.
Há ainda menções a áreas de exploração florestal e a propriedades de grande porte no Acre. Esses números aparecem de forma recorrente em matérias que cobrem seu “império rural”.
Hotelaria e turismo (incluindo investimentos em resorts)
A cereja do bolo poderiam ser os hotéis — todavia, não é bem assim, já que a hotelaria se tornou o verdadeiro carro-chefe dos negócios de Ratinho. Em diferentes ocasiões, o apresentador apontou o setor como sua principal fonte de renda. Ele comanda a rede Fast Sleep, especializada em oferecer hospedagem rápida e confortável ao lado do aeroporto de Guarulhos.
Em uma empreitada mais recente, Ratinho investiu R$ 150 milhões no Resort Morro dos Anjos, voltado ao turismo religioso. Localizado em Bandeirantes (PR), o empreendimento fica próximo ao Santuário São Miguel Arcanjo, um dos principais destinos de fé da região.
Ratinho e o investimento no agro
Ratinho, hoje, aparece como produtor rural de grande escala. Entre suas propriedades, destacam-se grandes áreas de produção agrícola e pecuária distribuídas por diferentes estados do país.
Produção agrícola
Ratinho possui um amplo portfólio agrícola. Em suas fazendas, ele se dedica ao cultivo de diversas lavouras, incluindo soja, milho, feijão e café. Atualmente, a cultura cafeeira se destaca de forma especial em suas atividades.
Em uma de suas propriedades no Paraná, por exemplo, Ratinho investiu na implantação de uma grande plantação de café, contando com cerca de 1,3 milhão de pés. Reforçando esse foco, ele lançou, em parceria com o Grupo 2 Irmãos, a marca de café “Café no Bulé”. A marca já se consolidou, figurando entre as cinco mais vendidas do Brasil.
Tempo na pecuária
Além do café e dos grãos, Ratinho construiu um império pecuário. Suas fazendas no Mato Grosso do Sul chegaram a abrigar mais de 30 mil cabeças de gado, número que, segundo o Grupo Massa, chegou a ultrapassar 50 mil animais no auge de suas operações.
O empresário atuava em toda a cadeia produtiva da carne bovina, incluindo rebanhos de corte, genética de alta qualidade, inseminação artificial e venda de matrizes e bezerros. Seu diferencial estava na criação de raças cruzadas, como Nelore com Devon e Simental.
Saída estratégica do setor de carne
Apesar do sucesso, Ratinho, recentemente, decidiu reduzir significativamente sua atuação na pecuária. Segundo o próprio apresentador, a decisão veio após perceber a concentração de mercado nas mãos da JBS (Friboi), o que, em sua visão, limitaria a rentabilidade dos produtores independentes.
“Quando a Friboi entrou no negócio, eu sou um cara de visão diferenciada. Eu falei: essa Friboi vai fazer o preço da carne, vai ficar muito grande. Vai fazer o preço da carne. Eu falei: eu vou sair”, declarou Ratinho em entrevista ao podcast Pod Pai Pod Filho
Fazendas do Ratinho
Atualmente, Ratinho é dono de 19 fazendas, o que o posiciona entre os maiores produtores rurais individuais do país, com um portfólio que impressiona pela dimensão e diversidade.
No Acre, Ratinho possui duas áreas de grande extensão: uma com cerca de 150 mil hectares e outra com aproximadamente 40 mil hectares. Localizadas às margens da BR-364, essas propriedades se destacam pelo potencial de extração legal de madeira, mas também enfrentam desafios socioambientais por estarem próximas de terras indígenas e áreas ocupadas por posseiros.
Uma delas, inclusive, faz fronteira com a Terra Indígena Rio Gregório, habitada por comunidades das etnias Yawanawá, Kaxinawá e Katukina-Pano — um retrato da complexa convivência entre a expansão agropecuária e os territórios tradicionais da Amazônia.
Já no Paraná, suas propriedades refletem um modelo de produção moderna, sustentável e de alta tecnologia. Em São João do Ivaí, a Fazenda Costa Rica é um exemplo de equilíbrio entre produtividade e preservação: cerca de metade da área é composta por mata nativa, e o empresário é conhecido por vetar qualquer tipo de desmatamento.
Mas é em Apucarana, no norte do estado, que está sua principal joia rural: a Fazenda Ubatuba. Adquirida em 2004 por R$ 9 milhões, a propriedade de 1.100 hectares se tornou o epicentro das operações agrícolas de Ratinho. Hoje, com investimentos em irrigação de ponta, manejo sustentável e diversificação de culturas, o local é avaliado em cerca de R$ 80 milhões.
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Ratinho anuncia residência permanente no Paraguai
Recentemente, o apresentador teve seu nome em voga nas redes após anunciar que se tornou residente permanente do Paraguai. A informação foi revelada pelo próprio Ratinho em um vídeo publicado nas redes sociais.
O empresário, que já tem grande atuação no agronegócio brasileiro, revelou que a escolha foi motivada pelas condições favoráveis para compra de terras no Paraguai.
“Eu vim para o Paraguai para comprar terras, porque as terras do Paraguai estão mais vantajosas para comprar do que no Brasil, é por isso. É só por uma questão de negócios”, afirmou.
A assessoria do apresentador confirmou que ele obteve cidadania paraguaia, o que rapidamente gerou especulações nas redes sociais sobre suas intenções de deixar o Brasil. Em suas próprias palavras, Ratinho destacou: “Sou cidadão brasileiro, mas também sou paraguaio.”
No entanto, fez questão de esclarecer que não pretende se mudar definitivamente, reafirmando seu vínculo com o país:
Agronegócio como oportunidade de investimento no Brasil
O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira — e, cada vez mais, também se consolida como uma oportunidade sólida de investimento. O setor responde por uma fatia significativa do PIB nacional, impulsionado por safras recordes, tecnologia de ponta e uma cadeia produtiva que vai muito além do campo.
Mas, ao contrário do que muitos ainda pensam, investir nesse segmento não exige possuir terras, maquinário ou experiência direta com atividades rurais. Hoje, há diversos instrumentos financeiros que permitem participar dos resultados do agronegócio de forma prática e acessível.
Entre as principais alternativas estão os já populares Fiagros. Criados em 2021, esses fundos funcionam de maneira semelhante aos Fundos Imobiliários (FIIs), permitindo que investidores adquiram cotas negociadas na bolsa de valores e, assim, participem indiretamente dos lucros gerados pelo agronegócio.
Os Fiagros podem investir em diferentes ativos ligados à cadeia agroindustrial, como imóveis rurais, recebíveis do agronegócio (como CPRs e CRA), cotas de outros fundos e até participações em empresas do setor. Isso significa que, com um investimento inicial acessível — muitas vezes a partir de poucas centenas de reais.
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