Conheça o day trader Alison Correia
De auxiliar de pregão ao topo do ranking de influenciadores financeiros, Alison Correia, hoje, revela ganhos, perdas e lições de duas décadas na Bolsa.
Imagem: Youtube/Nelogica/Reprodução.
Imigrante peruano que construiu sua trajetória no Brasil, Alison Correia se tornou um nome que acompanha — e, de certa forma, simboliza — a própria evolução do mercado financeiro nacional. Com mais de duas décadas de atuação na bolsa, ele passou de operador experiente a referência para quem busca entender as nuances do day trade.
Hoje, além de acumular resultados e vivência prática, Alison dedica grande parte do seu tempo a ensinar técnicas, riscos, leitura de mercado e gestão emocional. Pode-se dizer que seu trabalho o consolidou como um dos influenciadores financeiros mais relevantes do segmento, alguém que realmente vale acompanhar.
O que é day trade?
Antes de conhecer um pouco mais a figura de Correia, é válido entender do que se trata esse segmento do qual ele é referência — sobretudo se você ainda tem pouca intimidade com o mercado financeiro.
O day trade é uma modalidade de operação em que compra e venda de ativos acontecem no mesmo dia, com o objetivo de lucrar com pequenas variações de preço em um curto espaço de tempo.
Diferentemente do investimento tradicional, que busca retornos no longo prazo, o day trade exige agilidade, leitura rápida de gráficos, controle emocional e estratégias bem definidas.
Nessa rotina intensa, cada movimento do mercado importa: notícias, indicadores, humor dos investidores e até mudanças de poucos centavos podem fazer toda a diferença.
Interessado em saber mais? Confira nosso artigo completo sobre o tema:
Top Influencer Financeiro 2025: Quem é Alison Correia?
Alison Correia pode ser descrito como trader profissional, educador financeiro, autor, escritor, mentor e especialista em operações de curto prazo — além de diversas outras alcunhas associadas a esse universo. No entanto, para além desses títulos pelos quais já ficou conhecido, hoje é possível afirmar que ele é um influenciador, e notadamente reconhecido como tal.
Em 2025, o trader ganhou ainda mais visibilidade ao ser incluído na Elite InfoMoney – Top Influencers Financeiros 2025, ranking que reconhece os nomes mais influentes do mercado com base em alcance, engajamento e relevância de seus conteúdos sobre finanças, investimentos e economia.
A seleção contempla cinco categorias — investimentos, trading, cripto, economia e educação financeira — e, como era de se esperar, Correia aparece entre os principais influenciadores de trading no país. Ele figura ao lado de referências como Alexandre Wolwacz, Guilherme Cardoso e Ariane Campolim.
Influência de Correia nas redes em números
- Instagram:
- @alisoncorreia: + de 136 mil seguidores;
- @topgainoficial: + de 54 mil seguidores.
- Youtube:
- Canal Alison Correia: 87 mil inscritos;
- Canal Ganho Máximo: 278 mil inscritos.
- Linkedin:
- Pessoal: + de 500 conexões;
- Top Gain: + de 3 mil seguidores.
Formação e entrada no mercado
A trajetória de Alison Correia no mercado financeiro começou cedo e de forma pouco convencional. Nascido em Lima, no Peru, ele chegou ao Brasil ainda na infância, após a família buscar um recomeço em São Paulo.
Já adolescente, com apenas 17 anos, Alison saiu pelas ruas do centro paulistano em busca do primeiro emprego. Foi ali, em meio ao vai-e-vem de corretores de terno, crachá e celular na mão, que ele se viu diante de um universo totalmente novo. Movido pela curiosidade, puxou uma lista de corretoras e deixou alguns currículos.
Nesse cenário quase improvável, acabou sendo contratado por uma corretora para atuar como auxiliar de pregão. Correia explica que entrou inicialmente na mesa operacional — e não direto no pregão, como muitos imaginam. Nesse setor, desempenhou funções de backoffice, conferindo operações, garantindo que os registros estivessem corretos e acompanhando rotinas de risco.
O ambiente era marcado pelo viva voz, sistema em que operadores negociavam aos gritos no piso da bolsa. Ele conta que precisou aprender rápido: o ritmo acelerado e a pressão constante deixavam pouco espaço para erros. “Ou eu aprendia a fazer day trade ou arrumava outro emprego”, contou ao portal da B3.
Segundo lembra, a entrada no mercado não foi nem um pouco premeditada, de modo que não houve indicação, estudo prévio ou qualquer movimento estratégico. Ele costuma dizer que simplesmente foi levado pela própria dinâmica da vida.
“Era pra eu estar naquele lugar, naquela corretora, passar naquela entrevista e iniciar minha jornada no mercado financeiro”, afirmou em entrevista ao Podcast Os Traders.
Do pregão viva-voz ao eletrônico
O desejo de Alison Correia era sair de trás da mesa e estar no pregão. Insistia tanto com o chefe, repetindo diariamente a mesma pergunta que acabou conseguindo a chance. Segundo ele, a resposta veio acompanhada de um aviso que nunca esqueceu: “Beleza, você pode ir, mas tenha certeza de que nunca mais a sua vida vai ser a mesma.” Hoje, o trader admite: “Ele tinha razão.”
Ao chegar ao tão sonhado ambiente, viveu o choque inicial que marcava quem ingressava no pregão viva-voz. Ele lembra das séries de trotes que, embora hoje sejam considerados exagerados e se aproximem de uma tortura psicológica, eram práticas comuns entre aqueles que buscavam sobreviver naquele ecossistema.
Aos 18 anos, já em um momento “mais tranquilo”, conquistou o crachá de operador — o mais jovem a obtê-lo na época. Ele descreve o pregão daquele período como um ambiente intenso, repleto de gritos, burburinhos e euforia, mas já convivendo com telas e computadores que começavam a modernizar o piso.
Quando o pregão ficou silencioso
A grande virada veio em 2009, quando o mercado iniciou a transição definitiva do pregão viva-voz para o eletrônico. . A mudança, embora necessária, foi especialmente difícil para quem havia construído sua rotina profissional em meio ao barulho, à velocidade e à energia daquele salão.
De repente, o cenário que reunia milhares de operadores gritando ordens se transformou em telas silenciosas, mediadas por sistemas digitais
A migração representou um recomeço. Ele precisou reaprender o mercado, compreender uma nova dinâmica e se adaptar aos novos participantes — entre eles, os robôs e algoritmos que ganhavam espaço rapidamente. Segundo Correia, apesar de dolorosa, a mudança era inevitável, na medida em que a operação que antes levava de 15 a 30 segundos passou a ser executada com um clique.
Educação financeira e Top Gain: projetos, plataforma, cursos
Hoje, com quase 23 anos de atuação na Bolsa, Alison Correia dedica-se a ensinar day trade e acompanha de perto — e com certa preocupação — o avanço de traders que buscam lucro rápido em mercados pouco ou nada regulados.
Nas redes sociais, ele compartilha insights, análises e comentários diários sobre o universo do trading. Entre seus projetos mais recentes, está o programa Alavancados, transmitido todos os dias, às 12h, no YouTube da Arena Trader XP, onde apresenta as principais notícias do mercado, além de análises e orientações para quem opera no curto prazo.
No campo da educação financeira, o principal destaque é a Top Gain, comunidade da qual é fundador e que se consolidou como uma das maiores do mercado. A proposta é ajudar seus membros a evoluírem no day trade com diferentes frentes, como:
- Salas exclusivas no WhatsApp com Tape Reading e análises técnicas;
- Uma comunidade com mais de 50 mil traders ativos;
- Cursos e formações que vão do nível básico a conteúdos avançados.
“O Sobe e Desce da Bolsa e da Vida”
Alison Correia eternizou sua trajetória no mercado financeiro em uma obra literária própria. Em sua autobiografia, “O Sobe e Desce da Bolsa e da Vida”, ele revisita, ao longo de 13 capítulos, o caminho que percorreu desde suas origens humildes até conquistar espaço em um dos ambientes mais competitivos do país.
O livro traz relatos vívidos dos bastidores do antigo pregão viva-voz da BM&F e seu cenário marcado por gritos, caos, adrenalina e uma cultura dura com quem estava começando. Além de expor os tradicionais trotes e as pressões impostas aos novatos, Alison também abre espaço para examinar os próprios erros e as lições que tirou de cada um deles.
A obra retrata, com honestidade, o desafio de se adaptar a um mercado em transformação, marcado pela transição tecnológica e por novas dinâmicas operacionais.
Para muitos leitores, o livro se destaca justamente por essa franqueza que representaria um relato que não se debruça somente em acertos e conquistas, mas também mostra riscos, incertezas e a resiliência necessária para sobreviver em um ambiente tão intenso quanto a Bolsa.
Momentos marcantes: ganhos, perdas e aprendizados
Ao longo de mais de duas décadas de atuação no mercado financeiro, Alison viveu momentos de destaque absoluto — inclusive um dia recorde em que chegou a obter R$ 1 milhão em lucro em um único pregão.
No entanto, nem sempre os resultados acompanharam os ganhos, visto que o trader já enfrentou perdas significativas. Em um episódio marcante, ele revela que perdeu exatamente R$ 150 mil, mesma quantia que sua mãe havia poupado ao longo de anos de trabalho.
Esse revés foi tão impactante que o fez interromper temporariamente suas operações. Correia comenta que, mesmo acumulando experiência, havia cometido o erro de se deixar levar pela “alavancagem excessiva”.
Hoje, com essa bagagem de vitórias e derrotas, Correia dedica-se a ensinar — alertando para os riscos reais do mercado e combatendo a ideia de “dinheiro fácil”. Ele costuma enfatizar que muitos iniciantes caem ao acreditar que investimentos de risco são atalhos para riqueza rápida. Ele defende que o sucesso no trading depende de gestão de risco, disciplina, conhecimento e autoconhecimento emocional.
Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: