Quem são os bilionários chineses de 2025? Veja o Ranking
A China é o segundo país com o maior número de bilionários, perdendo apenas para os EUA.

Para além dos mega ricos locais e dos magnatas estadunidenses, vale observar o avanço dos bilionários chineses. O país asiático ocupa hoje a segunda posição no mundo em número de indivíduos que ultrapassaram a marca de um bilhão de dólares em patrimônio.
Em relação à 2024, a Forbes registrou em 2025, 43 novos bilionários na China e em Hong Kong, elevando o total para 516 — sendo 450 na China continental e 66 em Hong Kong. Juntos, eles acumulam US$ 2,035 trilhões, o que representa 12,64% da fortuna global dos mais ricos, estimada em US$ 16,1 trilhões.
Para efeito de comparação, os bilionários dos Estados Unidos — país que lidera o ranking mundial — acumulam US$ 6,8 trilhões, o que equivale a 42,24% de toda a riqueza dos bilionários do planeta.
Mais ricos da China: ranking atualizado 2025
Posição | Nome | Patrimônio | Origem da fortuna |
10º | He Xiangjian e família | US$ 27 bilhões | Midea Group |
9º | Jack Ma | US$ 28,6 bilhões | Alibaba Group |
8º | William Ding | US$ 33,3 bilhões | NetEase (games online) |
7º | Robin Zeng | US$ 37,9 bilhões | Contemporary Amperex Technology (CATL) |
6º | Li Ka-shing | US$ 38,9 bilhões | Diversos |
5º | Colin Huang | US$ 42,3 bilhões | PDD Holdings (Pinduoduo) |
4º | Lei Jun | US$ 43,5 bilhões | Xiaomi |
3º | Ma Huateng | US$ 56,2 bilhões | Tencent (games online) |
2º | Zhang Yiming | US$ 65,5 bilhões | TikTok |
1º | Zhong Shanshan | US$ 65,7 bilhões | Nongfu Spring |
Um pouco mais sobre os bilionários do top 10 chinês
Confira um breve perfil dos principais magnatas da China e Hong Kong:

10. He Xiangjian e família
Na décima posição entre os bilionários da China, a Forbes destaca He Xiangjian e sua família, cujo patrimônio é estimado em US$ 27 bilhões. O empreendedor é conhecido por liderar a Midea Group, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo.
A história da Midea começou em 1968 quando Xiangjian liderou um grupo de 23 moradores da cidade de Beijiao, na província de Guangdong. Juntos, eles estabeleceram uma modesta oficina de produção de tampas. A iniciativa pioneira evoluiu para se tornar a Midea Group.
9. Jack Ma
Mǎ Yún, mais conhecido como Jack Ma, é cofundador da holding Alibaba, um conglomerado chinês de tecnologia que responde por mais de 60% do comércio eletrônico na China. Em 2014, a empresa realizou seu IPO na Bolsa de Nova York, considerado o maior da história até então, arrecadando US$ 25 bilhões em sua oferta inicial.
O rápido crescimento da Alibaba tornou Ma um dos homens mais ricos e influentes do mundo. Com uma fortuna estimada em US$ 28,6 bilhões, ele ocupa a nona posição entre os mais ricos da China.
8. William Ding
Na oitava posição do ranking da Forbes, encontramos William Ding, o visionário fundador e CEO da NetEase. Sua fortuna, impulsionada pelo sucesso da gigante dos jogos online, está atualmente avaliada em US$ 33,3 bilhões.
Ding tem uma história de pioneirismo: ele foi o primeiro bilionário da internet e dos jogos da China, e chegou a ser o homem mais rico do país em 2003.
7. Robin Zeng
Robin Zeng é fundador e presidente da fabricante global de baterias Contemporary Amperex Technology (CATL). Com uma fortuna de US$ 37,9 bilhões, o executivo está entre as 40 pessoas mais ricas do mundo.
A CATL, sediada em Ningde, província de Fujian — cidade natal de Zeng —, foi listada na Bolsa de Valores de Shenzhen em 2018. A empresa fornece baterias essenciais para grandes montadoras internacionais, incluindo BMW, Volkswagen e Geely.
6. Li Ka-shing
Li Ka-shing é reconhecido como uma lenda viva do mundo dos negócios. Reverenciado como um dos magnatas mais influentes da Ásia, ele construiu um império cuja fortuna pessoal ultrapassa os US$ 38,9, espalhados por uma vasta teia de empreendimentos globais.
É atualmente o sexto mais rico da China e ocupa a 43ª posição no ranking mundial. Apesar de ter se afastado da linha de frente em 2018, quando renunciou à presidência da CK Hutchison Holdings e da CK Asset Holdings, ele segue como consultor sênior, uma bússola de conhecimento para a organização.
5. Colin Huang
Outro nome que já liderou o ranking de bilionários da China é Colin Huang. Atualmente na quinta posição, com uma fortuna de US$ 42,3 bilhões, ele é o responsável por fundar a Pinduoduo, uma das maiores plataformas de e-commerce do país, e sua sucessora internacional, a Temu.
Antes de tocar seus próprios negócios, Huang teve passagens pelo Google China e pela Microsoft. Hoje, ele é ex-CEO da PDD Holdings, a empresa controladora de ambas as plataformas supracitadas.
4. Lei Jun
Co-fundador da Xiaomi, o empresário Lei Jun é o quarto mais rico da superpotência asiática, com uma fortuna de US$ 43,5 bilhões. Enquanto uma das principais empresas de tecnologia do globo, a Xiaomi, seus smartphones se destacam como líderes globais de vendas, rivalizando com gigantes como Apple e Samsung.
Além de comandar a Xiaomi, Lei Jun é um grande investido, com aplicações em empresas como YY e Kingsoft. Seu primeiro grande sucesso empresarial ocorreu em 2004, quando vendeu a Joyo.com para a Amazon por US$ 75 milhões.
3. Ma Huateng
Pony Ma Huateng lidera o top 3 do ranking da Forbes dos bilionários chineses. Ele é o fundador e principal executivo da Tencent, conglomerado tecnológico multinacional e uma gigante no setor de jogos online. Hoje, a holding possui grande parte de marcas consolidadas no segmento, a exemplo da Epic Games.
À frente de uma das empresas de maior valor da China, o executivo, político e filantropo chinês acumula hoje uma fortuna estimada em US$ 44,4 bilhões. Também reconhecido por suas habilidades como investidor, ele é constantemente comparado ao megainvestidor Warren Buffett.
2. Zhang Yiming
Até recentemente no topo do ranking, Zhang Yiming ocupa atualmente a segunda posição entre os chineses mais ricos do mundo. Tido como um visionário da era digital, ele é cofundador da ByteDance, gigante de tecnologia fundada em Pequim em 2012 e responsável pelo TikTok.
O crescimento meteórico da plataforma, especialmente entre os jovens, impulsionou a fortuna pessoal de Zhang para US$ 65,5 bilhões. Sob sua liderança, a ByteDance registrou em 2024, uma receita recorde de US$ 110 bilhões.
1. Zhong Shanshan
Zhong Shanshan é presença constante entre os nomes mais ricos da China. O “rei da água engarrafada” é fundador e acionista majoritário da Nongfu Spring, maior fornecedora do setor no país.
Embora tenha perdido recentemente a liderança para Zhang Yiming, o empresário recuperou o topo do ranking após a valorização de 35,8% das ações da companhia na bolsa de Hong Kong neste ano, conforme divulgado pela Forbes. Aos 70 anos, Zhong acumula uma fortuna estimada em US$ 65,7 bilhões.
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Cenário econômico da China e impacto na lista
Apesar das flutuações e desafios nos mercados financeiros, a China (incluindo Hong Kong) mantém uma influência econômica global expressiva. Em comparação com o ano anterior, a lista da Forbes de 2024 registrou um acréscimo de 43 novos bilionários chineses.
Coletivamente, os super-ricos da China detêm uma fortuna colossal de US$ 2,035 trilhões. Esse montante representa 12,64% da riqueza total de US$ 16,1 trilhões acumulada por todos os bilionários do mundo.
Entretanto, uma análise mais ampla revela um quadro de retração. Mesmo com novos nomes no ranking, o número total de bilionários no país sofreu uma diminuição significativa nos últimos três anos, caindo em cerca de um terço. Essa queda reflete as pressões e oscilações enfrentadas pela economia e pelos mercados financeiros chineses no período recente.
Em suma, a presença expressiva de magnatas chineses no ranking global confirma o poder econômico contínuo da China, mesmo diante dos desafios que têm reduzido a contagem total de seus indivíduos mais ricos.
Conclusão: tendências futuras
Quanto às tendências no mercado chinês, os investimentos refletem as transformações estratégicas da economia, com destaque para setores-chave como energia limpa, tecnologia e inovação, comércio eletrônico, entre outros.
Apesar do bom potencial desses segmentos, o país ainda enfrenta desafios significativos, como regulamentações rigorosas, tensões comerciais e, como consequência, a fuga de capitais.
Investimento e crescimento Tecnológico
A China está investindo agressivamente em Inteligência Artificial (IA), visando consolidar sua posição como líder global e reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras. Como exemplo de seu compromisso, o governo central destinou ¥60 bilhões (aproximadamente US$8,2 bilhões) para um fundo nacional de IA, com um apoio adicional de ¥138 bilhões vindo de governos locais para startups.
Paralelamente, setores como tecnologia e comércio eletrônico continuam em expansão contínua, impulsionados por gigantes como a ByteDance (TikTok) e a Tencent (jogos), que mantêm um forte ritmo de crescimento e inovação.
Fugas de capital e erosão da confiança
Apesar do forte investimento estatal, o mercado enfrenta desafios significativos, como o aumento das regulamentações e as tensões comerciais globais. Em resposta a esse cenário, nota-se uma procura crescente por seguros globais e por investimentos estrangeiros, visando diversificar ativos e garantir maior estabilidade.
Essa incerteza se reflete na migração dos mais ricos: em 2023, 13.800 milionários chineses deixaram o país, um número que deve crescer para 15.200 até o final de 2024, segundo a Henley & Partners.
Embora a China ainda abrigue mais de 6 milhões de milionários, essa tendência de fuga ressalta uma notável e crescente erosão da confiança entre seus cidadãos mais ricos em relação ao futuro econômico doméstico.
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