Top 5 Edtechs brasileiras para ficar de olho em 2025
Veja como as Edtechs estão transformando a educação no Brasil e entenda por que vale a pena acompanhar esse setor em crescimento.

O mercado de educação no Brasil vem passando por uma transformação significativa nos últimos anos, impulsionada pelo avanço da tecnologia e pela mudança no comportamento dos estudantes. Dentro desse contexto, as edtechs (startups de tecnologia educacional) vêm se destacando como protagonistas na busca por soluções mais acessíveis, eficientes e escaláveis para o ensino.
Em 2025, o cenário dessas empresas está mais amadurecido, com centenas de negócios consolidados e outros em crescimento acelerado. Este conteúdo apresenta um panorama completo do ecossistema de edtechs no Brasil, explorando os modelos de negócio mais comuns, as tecnologias que impulsionam esse mercado e, claro, uma seleção das 5 principais edtechs brasileiras que merecem sua atenção neste ano.
O que são edtechs?
As edtechs, abreviação de education technology, são empresas que utilizam a tecnologia para resolver desafios da educação. Elas podem atuar em diferentes etapas do processo educacional: desde o ensino básico ao superior, da educação corporativa ao treinamento técnico, passando por plataformas de leitura, aplicativos gamificados e sistemas de gestão escolar.
Essas startups apostam em inovações como inteligência artificial, análise de dados, gamificação, realidade aumentada, entre outras tecnologias. Seu objetivo central é tornar a aprendizagem mais personalizada, acessível, dinâmica e mensurável. Em países como o Brasil, onde as deficiências educacionais ainda são grandes, o papel das edtechs se torna ainda mais estratégico.
Como funcionam as edtechs: Modelos de negócio mais comuns
Entender como uma edtech gera receita e escala suas operações é essencial para avaliar seu impacto e potencial de crescimento. No Brasil, os principais modelos de negócio adotados pelas edtechs são os seguintes:
SaaS (Software como Serviço)
Muitas edtechs operam como plataformas online com acesso por assinatura. Nesse modelo, a empresa desenvolve um software educacional hospedado na nuvem e cobra uma mensalidade (ou anuidade) dos usuários, sejam eles estudantes, escolas ou empresas. É o modelo preferido por startups que oferecem sistemas de gestão escolar, plataformas de cursos e bibliotecas digitais.
B2B (Business to Business)
Empresas que vendem diretamente para outras instituições, como escolas, universidades, redes públicas de ensino ou departamentos de RH, seguem o modelo B2B. Essas edtechs oferecem soluções mais robustas, com funcionalidades específicas para atender demandas institucionais e, geralmente, possuem contratos com valor mais elevado.
B2C (Business to Consumer)
No modelo B2C, a edtech se comunica diretamente com o usuário final: o estudante, professor ou responsável. Aplicativos de estudo, redes sociais acadêmicas e cursos preparatórios são exemplos desse modelo. A monetização costuma ocorrer por meio de planos pagos, vendas avulsas de conteúdo ou publicidade.
Modelos híbridos
Algumas empresas combinam os modelos B2B e B2C, oferecendo versões gratuitas para usuários finais e planos pagos com funcionalidades extras para instituições. Esse modelo permite aumentar o alcance da base de usuários ao mesmo tempo em que gera receita mais previsível.
Veja também: Ranking das maiores Startups do Brasil 2025
Panorama das edtechs brasileiras em 2025
O ecossistema brasileiro de edtechs segue em expansão. De acordo com dados atualizados em 2025, o país conta com cerca de 1.050 startups educacionais em atividade. O segmento K-12 (educação básica) é o mais representativo, com 373 edtechs ativas, seguido por plataformas de ensino superior, cursos profissionalizantes e soluções para empresas.
A pandemia acelerou a transformação digital da educação, forçando escolas e instituições a adotarem o ensino remoto e ferramentas digitais. Desde então, muitas dessas soluções permaneceram como parte do modelo híbrido, consolidando o papel das edtechs na infraestrutura educacional.
Hoje, além de videoaulas e materiais digitais, há um interesse crescente por soluções baseadas em inteligência artificial, análise de dados educacionais, realidade virtual, e microlearning. Outro ponto importante é o avanço das edtechs voltadas para o mercado corporativo, que crescem junto com a demanda por requalificação profissional e treinamentos internos.
Tecnologias mais utilizadas pelas edtechs brasileiras
As edtechs têm como diferencial o uso estratégico da tecnologia para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. As principais tecnologias utilizadas pelas maiores edtechs brasileiras atualmente incluem:
Inteligência artificial e machine learning
Essas ferramentas permitem que as plataformas reconheçam padrões no comportamento do aluno e façam recomendações personalizadas de conteúdo. Também são utilizadas para correção automática de atividades, geração de questões adaptativas e feedbacks instantâneos.
Big data e análise de dados
A coleta e o cruzamento de dados educacionais permitem às instituições tomar decisões baseadas em evidências, como identificar estudantes com risco de evasão, analisar o desempenho de turmas e personalizar o ensino.
Gamificação
O uso de elementos de jogos, como pontos, rankings e recompensas, torna o aprendizado mais envolvente. A gamificação é especialmente eficaz em crianças, adolescentes e estudantes universitários.
Realidade aumentada e realidade virtual
Tecnologias de RA e RV estão sendo utilizadas em simulações práticas, como experimentos de ciências, laboratórios virtuais ou treinamentos técnicos. Elas permitem que os alunos vivenciem situações do mundo real de forma segura e imersiva.
Plataformas mobile e EAD
As maiores edtechs do país têm soluções acessíveis por celular, o que é essencial em um país onde o acesso à internet via smartphone supera o acesso por computador.

Top 5 Edtechs brasileiras em destaque em 2025
Apresentamos agora 5 edtechs brasileiras que vêm se destacando em 2025 por sua relevância, impacto e inovação no setor educacional.
1. Descomplica
A Descomplica é uma das edtechs mais conhecidas do Brasil. Fundada em 2011, começou como uma plataforma de videoaulas para o Enem e vestibulares, e hoje oferece cursos de graduação e pós-graduação reconhecidos pelo MEC.
Em 2025, a empresa:
- Atende mais de 5 milhões de estudantes mensalmente;
- Possui parcerias com grandes investidores, como o SoftBank e a Invus Group;
- Recebeu mais de US$ 115 milhões em investimentos;
- Está expandindo sua atuação para o ensino superior privado 100% digital.
O modelo da Descomplica é baseado em assinatura mensal e anual, com forte presença no mercado B2C. Sua proposta é oferecer uma educação de qualidade com preços acessíveis, apoiada em tecnologia de ponta e linguagem jovem.
2. Árvore Educação
A Árvore Educação é uma plataforma de leitura digital que atua principalmente com escolas. Formada a partir da união entre a Árvore de Livros e a Guten, a edtech oferece:
- Acesso a mais de 30 mil livros digitais de editoras renomadas;
- Ferramentas de leitura interativa, jogos e avaliações formativas;
- Parcerias com escolas públicas e privadas em todo o país.
Em 2025, a Árvore já é adotada em milhares de instituições, servindo como alternativa a bibliotecas físicas, especialmente em escolas onde o acesso ao livro físico é limitado. Seu modelo de negócio é B2B, com licenciamento por aluno ou por escola, geralmente por meio de contratos anuais.
3. Passei Direto (UOL EdTech)
Criado em 2012, o Passei Direto é hoje uma das maiores plataformas de colaboração acadêmica da América Latina. Em 2025, a empresa contabiliza:
- Mais de 36 milhões de usuários cadastrados;
- Um acervo de 14 milhões de materiais de estudo compartilhados;
- Recursos de IA para sugerir conteúdo com base no perfil e necessidades do aluno.
Desde que foi adquirido pelo UOL EdTech, o Passei Direto passou a integrar uma série de iniciativas voltadas ao ensino superior e à capacitação profissional. A plataforma opera no modelo freemium, com plano gratuito e opções pagas que dão acesso a funcionalidades premium.
4. Klassroom
Menos conhecida que as anteriores, a Klassroom é uma edtech focada na comunicação entre escolas, pais e alunos. Ela oferece um aplicativo intuitivo que permite:
- Enviar e receber mensagens seguras;
- Compartilhar agenda escolar, tarefas e fotos;
- Registrar presença, recados e eventos com facilidade.
O principal diferencial da Klassroom é aproximar a família da rotina escolar em tempo real. Seu modelo é B2B, voltado para escolas privadas e redes públicas que desejam melhorar sua comunicação institucional. Com o avanço da digitalização no ensino infantil e fundamental, a Klassroom vem ganhando espaço.
5. Qulture.Rocks
Diferente das demais, a Qulture.Rocks é uma edtech focada no ambiente corporativo. Seu objetivo é promover uma cultura organizacional saudável por meio de ferramentas que ajudam empresas a:
- Gerenciar metas e OKRs;
- Realizar feedbacks contínuos;
- Avaliar desempenho e engajar equipes.
Seu modelo é 100% SaaS e atende empresas de médio e grande porte. Em um cenário em que o upskilling e reskilling profissional são fundamentais, a Qulture.Rocks ajuda a integrar a aprendizagem ao dia a dia dos times, com dados e acompanhamento de performance.
Veja também: Guia de como investir em startups: benefícios e desafios
Desafios e oportunidades das edtechs brasileiras
Apesar do crescimento, as edtechs ainda enfrentam desafios estruturais no Brasil:
- Desigualdade digital: muitas regiões ainda têm acesso limitado à internet e dispositivos;
- Resistência cultural: parte das instituições educacionais e professores ainda são reticentes ao uso de tecnologias;
- Regulação e reconhecimento oficial: há lacunas regulatórias que dificultam a expansão de modelos inovadores.
Por outro lado, o potencial é imenso. A demanda por educação flexível, o aumento do ensino a distância e o fortalecimento da cultura digital na juventude criam um ambiente favorável para a escalada dessas empresas.
As edtechs brasileiras mostraram que são mais do que modismo: são parte fundamental do futuro da educação. Em 2025, empresas como Descomplica, Árvore Educação, Passei Direto, Klassroom e Qulture.Rocks não apenas inovam, mas moldam uma nova forma de aprender, ensinar e gerenciar conhecimento.
Seja você estudante, educador, gestor ou investidor, vale acompanhar de perto esses movimentos. Afinal, a transformação da educação no Brasil está em curso, e ela passa, cada vez mais, pelas mãos dessas startups que unem propósito, tecnologia e escala.
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