O mercado de criptomoedas promissoras continua em ascensão, atraindo inovadores e investidores em busca de novas oportunidades. Criar uma criptomoeda pode parecer algo distante ou exclusivo para especialistas, mas, com as ferramentas e os conhecimentos certos, qualquer pessoa pode desenvolver seu próprio projeto.

O Melhor Investimento explora todos os detalhes, desde o básico até dicas avançadas, para ajudar você a entender como criar uma criptomoeda e torná-la bem-sucedida. Confira!

O que é uma criptomoeda?

Os criptoativos operam em redes blockchain, que funcionam como bancos de dados descentralizados, registrando todas as transações de forma transparente e segura. Nas blockchains públicas, como a do Bitcoin (BTC), não há controle de governos ou empresas privadas. O gerenciamento é feito pelos participantes da rede, conhecidos como nodes (ou nós).

Entre os criptoativos mais populares estão as criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum (ETH), que atuam de forma semelhante às moedas tradicionais, como dólar ou real. Elas podem ser usadas como meio de pagamento, reserva de valor ou para contabilizar transações.

Além das criptomoedas, existem outras categorias, como tokens não fungíveis (NFTs), utility tokens, tokens de governança, gamecoins, ativos voltados ao metaverso, fan tokens e até ativos gerados em aplicativos de finanças descentralizadas (DeFi).

Esses ativos digitais, de forma geral, podem ser transferidos, armazenados e negociados no ambiente virtual. O que garante a segurança das transações é a criptografia, uma tecnologia que codifica informações, protegendo dados e permitindo trocas seguras.

Por que criar uma criptomoeda?

Criar uma criptomoeda é um processo técnico e financeiro desafiador, mas o esforço vale a pena dependendo do objetivo de cada projeto. Muitas vezes, a motivação está em resolver problemas específicos, como criar uma moeda que permita transferências internacionais sem taxas elevadas ou um token para rastrear a cadeia de suprimentos de alimentos.

Outras vezes, o foco está em inovar em setores como saúde, jogos e educação, utilizando as criptomoedas para melhorar serviços nesses nichos.

Além disso, elas podem ser criadas como forma de recompensas ou incentivos, como no caso de plataformas que lançam tokens para premiar usuários ativos em programas de fidelidade.

Outro objetivo comum é a captação de recursos, onde as criptomoedas são usadas para levantar fundos por meio de uma ICO (Oferta Inicial de Moeda), que funciona de maneira semelhante a um IPO, mas no universo digital.

Independentemente da motivação, o sucesso de uma criptomoeda está em garantir que ela tenha um propósito claro e realmente agregue valor ao mercado.

Quanto custa criar uma criptomoeda?

Os gastos para desenvolver uma criptomoeda variam amplamente dependendo do método adotado. O uso de plataformas online para criar tokens pode custar menos de dez dólares, tornando-se uma opção acessível para iniciantes. Por outro lado, construir um blockchain exclusivo demanda esforços significativos e pode requerer investimentos que alcançam milhões de dólares.

Segundo a empresa de tecnologia CIS, o custo de um aplicativo de blockchain com complexidade mínima varia entre US$ 15.000 e US$ 40.000. Já para projetos de média complexidade, o valor pode atingir US$ 90.000.

Se o objetivo for desenvolver uma blockchain altamente complexa, o custo pode ultrapassar US$ 130.000. Uma blockchain robusta pode superar meio milhão de reais, destacando o nível de investimento necessário para esse tipo de projeto.

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Quem pode criar criptomoedas?

Criar uma criptomoeda não é restrito a grandes empresas ou programadores experientes. Qualquer pessoa com os recursos certos pode fazer isso.

No entanto, é essencial ter conhecimentos técnicos, como saber programar ou contratar desenvolvedores; planejamento estratégico para definir como a moeda será usada e como atrair usuários; e recursos financeiros, já que mesmo os projetos mais básicos têm custos iniciais.

Empresas especializadas também oferecem serviços completos de desenvolvimento de criptomoedas, facilitando o processo para quem não tem experiência técnica.

Como criar uma criptomoeda?

Criar uma criptomoeda pode parecer uma tarefa complexa, mas basicamente envolve o uso de códigos de computador, softwares específicos e, em alguns casos, hardware especializado. Existem várias maneiras de criar uma criptomoeda, e vou te explicar as principais.

1. Criando uma blockchain própria

A primeira criptomoeda do mundo, o Bitcoin, nasceu com sua própria blockchain, e é a partir desse modelo que surgiram muitas outras moedas digitais.

Mesmo que o Ethereum, por exemplo, tenha uma estrutura bem diferente, ele foi desenvolvido com base no código aberto do Bitcoin, o que permitiu que outros projetos também fossem criados e modificados.

Se você deseja criar uma criptomoeda do zero, com uma blockchain própria, isso é possível, mas exige um conhecimento técnico profundo sobre como funciona a tecnologia blockchain. Além disso, você precisará construir uma comunidade e uma rede de validadores para garantir que a cadeia funcione corretamente.

2. Usando blockchains de terceiros

Outra maneira de criar uma criptomoeda é aproveitar blockchains já existentes, como a do Ethereum, que permite criar tokens por meio de contratos inteligentes. Esses contratos são programas que seguem regras pré-estabelecidas, permitindo a criação de novos ativos digitais.

No caso do Ethereum, por exemplo, esses tokens seguem um padrão técnico chamado ERC-20. Esse padrão é um conjunto de regras que garante a interoperabilidade entre tokens criados na rede Ethereum. Usando esse modelo, qualquer pessoa pode criar um token modificando um contrato já pronto, ajustando detalhes como o nome, quantidade de tokens e outras configurações.

3. Mineração

A mineração é um processo que resulta na criação de novas unidades de criptomoedas que já existem, como o Bitcoin. Ao contrário dos sistemas tradicionais, não há uma autoridade controlando a emissão. No caso do Bitcoin, por exemplo, mineradores validam as transações, competindo para resolver algoritmos complexos. A recompensa por esse trabalho são novas unidades de Bitcoin.

Esse processo é chamado de “prova de trabalho” (Proof of Work, ou PoW), e exige grande poder computacional, o que significa que grandes grupos com muitos recursos conseguem participar.

4. Staking

Por fim, o staking é outra forma de “gerar” criptomoedas, mas, em vez de usar poder computacional, ele exige que os participantes “congelem” suas moedas em um processo de validação de transações.

Em troca, eles recebem recompensas em criptomoedas. Esse sistema usa o modelo “prova de participação” (Proof of Stake, ou PoS), que, ao contrário do PoW, não depende de grandes máquinas, mas sim de uma quantidade específica de moedas digitais.

Muitas criptomoedas já utilizam o staking, incluindo o Ethereum, que fez a transição do PoW para o PoS. Outras moedas, como Avalanche (AVAX), Polkadot (DOT) e Cardano (ADA), também adotaram esse modelo.

Essas são as formas principais de criar ou gerar criptomoedas no mercado. Cada uma tem suas características, mas todas elas envolvem algum grau de conhecimento técnico e planejamento para garantir o sucesso da moeda digital.

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Onde criar criptomoedas?

Os desenvolvedores podem optar por diversas blockchains além do Ethereum para criar suas criptomoedas. Exemplos disso são a Solana (SOL), que teve apoio da corretora FTX, a BNB Chain, vinculada à Binance, e a Cardano. Embora o processo de criação seja em grande parte semelhante, cada uma dessas plataformas possui regras e taxas específicas.

Como identificar shitcoins?

A facilidade de criação de criptoativos torna essencial que quem tenha interesse em investir em uma criptomoeda estude o projeto com cuidado antes de tomar qualquer decisão.

É importante ler o white paper (manual), investigar quem são os responsáveis pelo criptoativo, verificar se eles têm experiência na área, além de buscar opiniões em fóruns e conversar com outros usuários.

O anonimato, em geral, é um sinal negativo no mercado de criptomoedas. Projetos que não revelam os nomes dos envolvidos muitas vezes são fraudes financeiras, algo que a breve história do setor comprova. A única exceção a isso é o Bitcoin, que com o tempo demonstrou ser um projeto confiável e sério.

De que forma as criptomoedas são disponibilizadas nas corretoras?

Imagem de várias criptomoedas ao lado de um smartphone, representando o conceito de como criar uma criptomoeda.

As criptomoedas são geralmente listadas nas exchanges após um acordo com os responsáveis pelo projeto. Cada corretora tem seus próprios critérios, mas, de modo geral, elas avaliam aspectos como a segurança, a integridade do projeto, a tecnologia envolvida e a força da comunidade.

A Binance, a maior exchange em termos de volume de transações, oferece um espaço em seu site para quem deseja cadastrar novos tokens. Para isso, é necessário seguir um conjunto de regras e preencher os formulários exigidos.

Da mesma forma, a Coinbase, a maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, também possui um processo semelhante. A empresa realiza uma análise que envolve aspectos técnicos, legais e de conformidade antes de aceitar um novo projeto em sua plataforma.

Diferença entre minerar e criar uma criptomoeda

Minerar uma criptomoeda é o processo de validar transações em uma blockchain e criar novas unidades de uma criptomoeda já existente, como o Bitcoin ou Ethereum. Essa atividade envolve resolver complexos problemas matemáticos com o uso de computadores poderosos.

Os mineradores competem para encontrar a solução, e o primeiro a resolvê-lo recebe uma recompensa em criptomoeda. Esse processo também garante a segurança da rede, verificando e registrando transações de forma descentralizada.

A mineração utiliza algoritmos como Proof of Work (Prova de Trabalho), que requer grande poder computacional, ou Proof of Stake (Prova de Participação), que depende da quantidade de criptomoeda que o participante possui.

Criar uma criptomoeda, por outro lado, envolve o desenvolvimento de uma nova moeda digital do zero ou baseada em uma blockchain existente. Para criar uma criptomoeda, é necessário definir seu propósito, suas características técnicas (como o limite de moedas a serem emitidas) e seu protocolo de funcionamento.

Isso geralmente requer conhecimentos em programação e, em muitos casos, utiliza frameworks como o Ethereum, que permitem criar tokens com contratos inteligentes.

Ao contrário da mineração, que adiciona valor a uma moeda existente, criar uma criptomoeda introduz uma nova moeda ao mercado, muitas vezes com objetivos específicos, como resolver problemas financeiros, otimizar transações ou impulsionar projetos descentralizados.

NFTs, DeFi e criptomoedas são desenvolvidos da mesma forma?

NFTs (tokens não fungíveis), DeFi (finanças descentralizadas) e criptomoedas compartilham tecnologias fundamentais, como blockchain e contratos inteligentes, mas são desenvolvidos com finalidades e características técnicas distintas. Abaixo, explico as diferenças no desenvolvimento de cada um:

Criptomoedas

As criptomoedas são ativos digitais criados como moedas descentralizadas para funcionar como meio de troca ou reserva de valor (como Bitcoin e Ethereum).

Para desenvolvê-las, os programadores geralmente criam ou utilizam uma blockchain, definindo parâmetros como algoritmos de consenso (Proof of Work, Proof of Stake, etc.), o número máximo de unidades disponíveis e regras para validação de transações.

Algumas criptomoedas são desenvolvidas do zero, enquanto outras são criadas como tokens dentro de uma blockchain existente, como o Ethereum.

NFTs

NFTs são ativos digitais únicos que representam propriedade ou autenticidade de itens digitais ou físicos, como arte, música ou colecionáveis. O desenvolvimento de NFTs envolve o uso de contratos inteligentes em blockchains que suportam a tokenização, como Ethereum, Solana ou Polygon.

Esses contratos definem propriedades únicas para cada NFT, garantindo sua individualidade e não fungibilidade. Enquanto as criptomoedas são fungíveis (uma unidade é igual a outra), cada NFT é único e associado a metadados específicos, como imagens ou vídeos.

DeFi

DeFi é um ecossistema de aplicações financeiras descentralizadas que operam sem intermediários, como bancos. Essas aplicações são desenvolvidas principalmente por meio de contratos inteligentes em blockchains que suportam funcionalidade avançada, como Ethereum.

Exemplos incluem protocolos de empréstimos, corretoras descentralizadas (DEX) e seguros descentralizados. A criação de um projeto DeFi exige o desenvolvimento de códigos complexos que gerenciem operações financeiras, garantam a segurança do sistema e sejam auditados para evitar vulnerabilidades.

Embora todos utilizem blockchain e contratos inteligentes, o foco do desenvolvimento varia: criptomoedas são moedas digitais, NFTs representam ativos únicos, e DeFi busca reinventar serviços financeiros de forma descentralizada.

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Quanto ganha um criador de criptomoedas?

Os ganhos de quem cria uma criptomoeda podem variar drasticamente, dependendo de diversos fatores, como a aceitação do mercado, o modelo de negócios e o planejamento estratégico do projeto.

Criadores que conseguem oferecer soluções reais para problemas do mercado ou criar novas utilidades para os seus tokens têm mais chances de conquistar uma base de usuários fiel e engajada. Isso, por sua vez, aumenta a demanda pela moeda, resultando em maior valorização e lucratividade.

Outro fator importante é a construção de parcerias estratégicas com empresas ou plataformas que aceitem ou promovam a criptomoeda. Isso não apenas amplia o alcance do ativo, mas também reforça sua credibilidade no mercado.

Alcançar esses resultados exige mais do que apenas uma boa ideia: é necessário um planejamento robusto, marketing eficiente e uma equipe dedicada para garantir a sustentabilidade e o crescimento do projeto no longo prazo.

Dicas para criar uma criptomoeda de sucesso

As estratégias mais comuns para impulsionar uma criptomoeda incluem definir uma função prática e atrativa para ela, vinculá-la a uma tecnologia inovadora ou evento relevante, buscar apoio de figuras públicas influentes ou até mesmo apresentá-la como uma brincadeira, como no caso das criptomoedas memes.

No entanto, criar interesse no ativo exige esforço e planejamento, especialmente para construir uma comunidade engajada que participe ativamente da negociação e da valorização da moeda.

Os criadores de criptomoedas devem considerar cuidadosamente como pretendem atrair investidores. Uma abordagem comum é focar na especulação e no potencial de lucro, muitas vezes apelando para promessas de retornos rápidos e elevados, embora isso possa gerar expectativas pouco realistas.

Por isso, é importante equilibrar criatividade e responsabilidade na divulgação do projeto. Além de destacar os diferenciais e benefícios da moeda, é importante ser transparente sobre os riscos e limitações. A confiança dos investidores e o engajamento da comunidade são os pilares que sustentam o crescimento sustentável de qualquer criptomoeda.

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Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.