Memecoins: Conheça as criptomoedas da web e como comprar
Pode até parecer brincadeira – e de fato foi inspirada em uma -, mas hoje é possível adquirir criptomoedas cuja origem está atrelada a piadas na internet, conhecidas como “memecoins“. Essa categoria peculiar tem chamado a atenção de especialistas do mercado e agora é levada a sério. Conforme dados do agregador Coingecko de 2024, dos […]

Pode até parecer brincadeira – e de fato foi inspirada em uma -, mas hoje é possível adquirir criptomoedas cuja origem está atrelada a piadas na internet, conhecidas como “memecoins“. Essa categoria peculiar tem chamado a atenção de especialistas do mercado e agora é levada a sério.
Conforme dados do agregador Coingecko de 2024, dos 10 tokens mais procurados do país, 8 estão ligados às memecoins. Dentre as mais conhecidas da categoria, certamente está a Dogecoin (DOGE), cripto inspirada em um cachorro da raça de cães Shiba inu, cuja foto foi tema de brincadeiras em toda a rede.
Mas afinal, quais são as principais memecoins à venda no mercado? Onde comprá-las? E vale a pena investir nelas? O Melhor Investimento preparou este conteúdo para responder a essas e outras questões sobre essa nova tendência no mercado de criptomoedas representada pelas memecoins.
O que é memecoin e como surgiu?
Como se deve imaginar, o termo memecoin está intimamente relacionado aos famigerados memes da internet, piadas ou brincadeiras que viralizam nas redes por períodos variados de tempo.
Em suma, memecoins são criptomoedas originadas destas brincadeiras que ganham popularidade na web. Elas são muitas vezes criadas como uma forma de diversão ou para capitalizar sobre tendências virais na internet.
Algumas memecoins notáveis incluem a já mencionada Dogecoin, que começou como uma piada baseada em um meme de um cachorro Shiba Inu e se tornou uma das criptomoedas mais conhecidas. A Shiba Inu (SHIB), que também se inspira no meme do cachorro, também ganhou uma vasta popularidade desde sua criação em 2020.
Embora muitas memecoins possam começar como brincadeiras ou projetos de comunidade, algumas ganham uma base de usuários e até mesmo valor significativo no mercado.
No entanto, é importante frisar que estas cibermoedas são sustentadas principalmente pelas repercussões que geram nas redes sociais.s. Logo, vale notar que investir em memecoin pode ser arriscado, pois seus valores são ainda mais voláteis do que o mercado de criptomoedas tradicional, que já é especulativo por natureza.
Quais as principais criptomoedas meme?
O mercado de memecoin já possui alta diversificação, contando com uma grande variedade de criptomoedas que foram na onda da cultura dos memes. Para demonstrar melhor este cenário, separamos aqui algumas das memecoins mais conhecidas do mercado. Confira:
- Dogecoin (DOGE): criada em 2013, seu mercado de capital já chegou a ultrapassar US$ 11 bilhões. Esta memecoin, não possui protocolo ou Whitepaper como o Bitcoin, visto que sua criação foi impulsionada pelo desejo do desenvolvedor de se divertir;
- Shiba Inu (SHIB): assim como a memecoin mencionada anteriormente, esta cripto também foi inspirada no meme do cachorro japonês Shiba Inu, como o nome já evidencia. Criada em 2020 por um desenvolvedor ou grupo de desenvolvedores identificados pelo pseudônimo Ryoshi, ela opera por meio de um mecanismo de controle descentralizado;
- Dogelon Mars (ELON): desenvolvida em 2021,a cripto opera no blockchain Ethereum. Ela também embarca na onda das moedas com meme de cachorro, mas também segue a esteira dos planos do bilionário Elon Musk de colonizar Marte. A ideia pretensiosa por trás dessa memecoin é representar uma criptomoeda interplanetária, destinada a ser utilizada como meio de troca após a chegada ao planeta vermelho;
- Dogwifhat (WIF): em um exemplo mais recente, pode-se mencionar a cripto inspirada na imagem do cachorro usando gorro. Desenvolvida na rede blockchain Solana, esse memecoin chegou a atingir um valor de mercado de US$ 3,2 bilhões, depois que sua comunidade fiel arrecadou US$ 690 mil para exibir seu mascote na arena de música Sphere, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Leia também: DeFi: o que é e seu impacto no mundo das criptomoedas
Como e onde comprar uma memecoin?
Diante da popularização das moedas meme, é comum encontrá-las à venda em distintas plataformas de câmbio de criptomoedas, onde elas são listadas para negociação. Contudo, diferentemente das cibermoedas tradicionais mais conhecidas, a grande maioria das memecoins não estão disponíveis em corretoras.
Geralmente, para investir em memecoins, é necessário adentrar o universo das finanças descentralizadas, onde os desenvolvedores e as comunidades utilizam carteiras digitais para interagir com sistemas sem controle centralizado.
Dentre os métodos para encontrar memecoins, cabe destaque para a utilização da ferramenta Dex Screener. O recurso foi projetado para ajudar os usuários a encontrar as melhores oportunidades de negociação exchanges descentralizadas (DEXs). Em suma, ela viabiliza que traders e demais investidores rastreiem e analisem dados de criptomoedas em tempo real, visualizem capitalizações de mercado, números de carteiras individuais que compraram um ativo, entre outras funcionalidades.
Memecoin: Vale a pena investir? Quais os riscos associados?
Antes e acima de tudo, é importante ter em mente que investimentos em criptomoedas são fortemente marcados por sua volatilidade e caráter especulativo, mesmo que para o aporte o investidor conte com o auxílio de ferramentas.
Em entrevista ao Melhor Investimento, William Lee, Head da Mesa Internacional na InvestSmart, destacou que os investimentos em memecoins devem ser encarados mais como especulação, uma vez que eles não possuem previsibilidade.
Ele ressalta que o investimento pode ser válido, desde que o investidor saiba que é algo “puramente especulativo”. Para o especialista, é crucial ter conhecimentos quanto aos riscos associados a essas características. “A classe de criptoativos como um todo já é muito mais volátil, possui muitos mais riscos do que a classe de ativos tradicional do mercado financeiro”, disse Lee.
“Se uma volatilidade de 25% já machuca a carteira do cliente, cripto é uma volatilidade de 70%. Essas memecoins podem chegar a 100, 200%”, acrescentou.
Resumidamente, é possível obter lucros expressivos, mas também há o risco de perder todo o investimento em um curto período. Por isso, é essencial manter-se alerta, pois trata-se de um investimento de alto risco, influenciado por fatores abstratos como comentários de personalidades nas redes sociais e mudanças na popularidade de memes.
Lee ainda aproveitou para falar sobre a incidência de golpes, geralmente, ocorridos por meio do que ficou conhecido como “shitcoin”. De modo breve, novas criptomoedas no mercado podem representar “esquemas de pirâmide”, ressalta.
É necessário estudar as oportunidades, antes de aplicar “em um criptoativo que viu no post do instagram, ou algo do tipo. Eu já cansei de ver clientes chegando aqui, dizendo que investiram em plataformas que eram pirâmides, era golpe”, constatou Lee.
O motivo para tal, segundo ele, está atrelado à ausência de regulamentação do ambiente de cripto. Ele acredita que este fator resulta na maior propensão de golpes deste tipo, em comparação com aportes na bolsa de valores, por exemplo. “Todo ambiente de cripto já possui um risco regulatório mais alto do que a classe financeira tradicional”, observou.