A quantidade de empresas que cancelaram o registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já é a maior em quatro anos. Em 2013 até julho, foram cinco pedidos registrados por meio de OPA (Oferta Pública de Aquisição). Com esse recurso, a empresa compra todas as ações em circulação e dá adeus à bolsa de valores.

Foi o que aconteceu recentemente com a fabricante de eletrônicos Gradiente (IGBR3), que estava em recuperação judicial desde 2019. Em junho, foi a vez a EDP Energias do Brasil (ENBR3) fechar seu capital na B3. Também saíram da bolsa brasileira desde janeiro o Banco Besa, comprado pelo BTG Pactual, a empresa de participações Longdis e a fabricante de tecidos caterinense Renauxview (TRXR4).

Na quinta-feira passada (20), a empresa de medicina Hermes Pardini (PARD3) também teve seu pedido de cancelamento de registro aceito pela CVM e pela B3 – até a última atualização desta matéria, os dados ainda não haviam sido registrados na lista acima.

Além disso, está na fila para fechar capital a BR Properties (BRPR3), que atua com investimentos no ramo imobiliário. Treze anos após seu IPO (oferta inicial de ações, o caminho inverso da OPA), a companhia acumula desvalorização superior a 80% nos papéis.

Uma série de fatores pode explicar o desejo de companhias fecharem seu capital. Desde 2019, quando foram feitas sete OPAs para cancelar registro, não se via um movimento tão intenso para sair da bolsa. O volume também é alto: até agora em 2023, as OPAs levantaram R$ 5,8 bilhões na B3 – maior volume desde 2015, quando a operação movimentou R$ 11,8 bilhões.

Empresas que saíram da B3 em 2023

  • Gradiente
  • Banco Besa
  • Têxtil Renautxview
  • Longdis
  • EDP
  • BR Properties (em processo de OPA)

Com informações de InvestNews

Equipe MI

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