Estar e se sentir seguro, tanto na vida quanto nos investimentos, é primordial. E hoje, novamente estamos aqui tentando entender como podemos cuidar melhor do nosso patrimônio, a fim de evoluir o nosso padrão de vida para enriquecer de maneira saudável e ter uma aposentadoria digna em benefício da família.

Como de costume, criamos reserva de emergência e caixa, afinal, emergências podem acontecer e também boas oportunidades podem surgir.

Diversificamos nosso patrimônio e colocamos um pouquinho em cada lugar para não ficarmos reféns da roda da fortuna que um dia sorri e no outro nos detesta. Uma parte para curto prazo, outra para médio, outra para longo e, por que não, outra para “longuíssimo” prazo?

Daí por diante, deixamos o tempo trabalhar e continuamos a poupar todos os meses para que, enfim, todo o poder dos juros compostos opere a nosso favor e nos forneça a alegria de ver nossos planos dando certo.

Nada pode nos impedir caso essa fórmula seja seguida, certo?

ERRADO!

“Mas Correia, você disse que é desse jeito que a gente consegue enriquecer! Como eu terei esperanças se  mesmo depois disso tudo, ainda existe a possibilidade de não conseguir ter a tranquilidade de uma vida financeira bem resolvida?”… Bom, é aí que entramos em um assunto que todo mundo evita, mas está na mente de todo rico de verdade: ocorrer uma possível catástrofe.

“Eu tenho reserva de emergência para isso!” – você diz.

Não, meu amigo(a). Você não tem reserva de emergência para uma catástrofe. O nome é reserva de emergência, e não reserva de catástrofe. Uma catástrofe é exatamente aquilo que você não consegue evitar, e que pode literalmente acabar com seus planos. A catástrofe não se evita, mas se ameniza ou, de preferência, neutraliza (financeiramente falando).

Os seguros existem justamente para isso. E sim, na visão realista desse que vos fala, seguro é sim um componente dos seus investimentos.

“Ah, Correia, seguro é agouro de morte! Deus me livre pagar algo que só beneficia depois que eu morro!” – alguns pensam.

Vamos lá… Esse vai ser o primeiro texto dos vários que trarei sobre o tema, mas uma coisa precisa ficar em evidência: o seguro mais necessário é o de proteção ainda em vida.

O que derreteria seu patrimônio do dia pra noite sem aviso? Uma doença grave com um tratamento que seu plano não cobre.

O que poderia consumir quase tudo o que você juntou durante a vida num piscar de olhos? Uma invalidez permanente que te faça pagar a adaptação do seu imóvel.

Também não há reserva de emergência que consiga dar conta de um acidente grave de trânsito. Repito: não há reserva que resolva uma invalidez permanente repentina. E se você é jovem e estiver no processo de construção do seu patrimônio, caso aconteça algo, as coisas podem piorar mais ainda.

Em breve, devo me aprofundar e falar mais sobre os benefícios do seguro de morte e os motivos de serem tão importantes, mas lembre-se sempre que a maior necessidade de proteção durante a construção de capital não está no próprio dinheiro, mas sim em você, que é o motor desse acúmulo.

Se você não está seguro, o seu patrimônio também não está. Proteja sua pele e seu patrimônio estará protegido.

Gabriel Correia

Assessor e mentor de investimentos desde 2020 e investidor desde 2016, Gabriel Correia dedica seus estudos ao que chama de "análise realista", separando tradicionais discursos ilusórios da realidade dos investimentos. Atualmente, é sócio no escritório InvestSmart, vinculado à XP, e colunista de empreendedorismo e investimentos do Melhor Investimento.