DREX: Saiba o que é Real Digital e quando começa a valer

Você já ouviu falar em Drex? Esse é o nome da nova moeda digital brasileira que promete impulsionar a digitalização econômica no país. Também chamado de Real de Digital, a ideia do Drex surge como mais um recurso alternativo ao dinheiro físico, visando modernizar o sistema financeiro nacional. 

Entre os benefícios almejados com o projeto, está o aumento do acesso aos serviços bancários para aqueles que normalmente não têm essa oportunidade, bem como a redução dos custos dessas operações. A ideia é que a moeda seja 100% armazenada de forma virtual. 

A dúvida que fica para muitos é: em tempos de constantes inovações tecnológicas, o que distingue o Drex de outros recursos digitais, como criptomoedas e o PIX, por exemplo? Ou melhor, o que torna esse novo formato único?

São justamente essas e outras questões que o Melhor Investimento pretende abordar neste artigo. Portanto, continue acompanhando para ficar por dentro da novidade pretendida pelo Banco Central (BC). 

O que é Drex?

O Drex é essencialmente a forma digitalizada do Real, moeda oficial do Brasil. Para ficar claro, a moeda representa uma extensão do Real tradicional, que será 100% armazenada em um sistema virtual.

Idealizada pelo Banco Central (BC), a tecnologia almeja oferecer inclusão e eficiência nas transações financeiras, reduzir custos e fornecer mais transparência ao sistema financeiro. 

Nesta linha, a nova moeda digital permitirá realizar uma variedade de transações financeiras seguras, transferências e pagamentos, oferecendo uma alternativa às formas tradicionais de realizar essas operações. 

O BC reitera que mesmo com a introdução do Drex, as regras e fundamentos que mantêm o real estável, vão continuar em vigor. Isso significa que as medidas adotadas pelo governo para preservar o valor da moeda, como o controle da inflação, permaneceram sendo aplicadas.

O Drex é classificado como Central Bank Digital Currency (CDBC). Esse formato refere-se à moeda digital emitida e regulada por uma entidade central de um país, como o Federal Reserve nos Estados Unidos. No caso do Brasil, essa responsabilidade fica a cargo do BC. 

A história por trás do Real Digital

Desde 2020, o Banco Central estuda a implementação de uma moeda digital oficial brasileira. Após análises preliminares, o tema foi debatido em um fórum com o corpo técnico do BC, resultando na elaboração das diretrizes para o Real Digital, anunciado em maio de 2021.

Para a autoridade monetária, a adoção de uma moeda digital CDBC foi pensada visando diversos benefícios, especialmente na criação de um ambiente seguro e regulado com acesso democratizado para empreendedores e cidadãos em geral.

Em agosto de 2023, a aguardada extensão do papel-moeda recebeu um nome oficial: Drex. Com isso, deixou para trás seu antigo apelido, Real Digital, e ganhou uma sigla elaborada que foi pensada da seguinte forma: 

De acordo com o BC, o conceito por trás da sigla está ligado à ideia de “universo digital”. Essa visão de modernidade financeira é refletida nas duas setas presentes na letra “D” da logo da marca.“A transição de cores nas setas, do azul para verde claro, passa a mensagem de transação concluída”, explicou o banco em seu site oficial. 

DREX: uma moeda digital ou uma plataforma blockchain?

Como é de se esperar, o Drex não se limita a ser apenas uma moeda digital, visto que ele representa um projeto de plataforma que servirá para hospedar a representação digital de diversos tipos de bens, incluindo aqueles tangíveis e intangíveis.

A plataforma Drex funcionará via tecnologia blockchain, no intuito de se adequar às novas tendências relacionadas a Web3 (“nova era da internet”). A ideia é criar um ambiente seguro com vários tipos de transações financeiras com ativos digitais e contratos inteligentes (Smart Contracts). 

Na plataforma será possível, por exemplo, converter bens variados como carros, imóveis, marcas, patentes em um token digital. Desta forma, essas propriedades, representadas cada uma por um token, podem ser negociadas, licenciadas ou transferidas de forma transparente e segura, integralmente de forma digital.

O Banco Central esclarece que o acesso à plataforma ocorrerá por meio de um intermediário (bancos, em grande parte). Portanto, o acesso direto ao Drex estará restrito às instituições financeiras autorizadas, assim como já funciona para o dinheiro físico. 

A instituição intermediária será responsável por transferir o dinheiro depositado em conta para a carteira digital dos usuários finais (varejo), permitindo que estes realizem transações com ativos digitais.

O que diferencia o Drex de criptomoedas ou do PIX? 

É fundamental destacar que o Drex não é equivalente a uma criptomoeda. A confusão é comum, já que se trata de uma moeda digital que estará atrelada a tecnologia blockchain.

Contudo, deve-se ter em mente, que diferente dos criptos que possuem uma gestão descentralizada, esta moeda atende ao formato CDBC, ou seja, trata-se de uma representação da moeda oficial do país que, por sua vez, será regulamentada e totalmente controlada pelo Banco Central.

Ainda há quem confunda o Drex com o PIX (Sistema de Pagamento Instantâneo), principalmente porque ambos visam facilitar as transações dos usuários. No entanto, é importante ressaltar que eles não são a mesma coisa e não irão substituir um ao outro. 

Em essência, o PIX é um meio de pagamento, enquanto o Drex é uma moeda digital propriamente dita, que inclusive poderá ser transacionada via PIX. O Banco Central esclarece que o Drex possui uma abordagem mais abrangente em relação ao PIX.

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Qual é o valor do Drex e onde comprar? 

Lembrando, o Drex é o Real propriamente dito, só que em versão virtual. É importante enfatizar esta questão, pois, muitos podem estar questionando sobre possibilidade de compra do Drex, por pensar ser uma nova moeda que será disponibilizada no mercado. 

Contudo, sua diferenciação para o Real fica no formato em que a moeda é disponibilizada, ou seja, em termos de valor nada muda. Para fixar, basta ter em mente: 

• Real Digital e Drex são a mesma coisa;
• R$ 1,00 equivale a 1 Drex; 

O acesso ao Real Digital, na prática, ocorrerá via contas digitais em instituições financeiras, aplicativos e plataformas de pagamento. A grosso modo, qualquer brasileiro, seja ele pessoa física ou jurídica, poderá acessar o Drexl, bastando estar conectado a internet. 

Como irá funcionar a cotação do Real Digital? 

Da mesma forma que o valor, a cotação do Drex em relação às outras moedas também será a mesma do Real tradicional. Sobre esta questão, o coordenador do Drex, Fábio Araújo esclareceu: 

“Não pode ter cotação diferente. O Drex é o real, só que em uma outra plataforma. Então, se você transferir da plataforma do Drex para a sua conta bancária, ou sacar no caixa, um Drex que você sacar, você vai sacar R$ 1, porque um Drex é R$ 1”, enfatizou.  

Quando o Drex entra em vigor?

O Drex continua em fase de testes em ambiente restrito. Conforme as últimas informações divulgadas pelo Banco Central, ainda são necessários avanços nos testes iniciais antes que possam ser realizados testes com o público em geral.

Segundo o banco, ainda não há nenhuma data prevista para o lançamento do Drex. Anteriormente,o economista Fábio Araújo, havia dito que o cronograma sofreria atrasos, devido a questões legais atreladas à privacidade. 

“Desde março de 2023, a iniciativa é uma experiência piloto em ambiente restrito. Quando os participantes e a iniciativa propriamente dita alcançarem grau de maturidade adequado, o Banco Central avançará para a fase de testes com a população” declarou a autoridade monetária ao Cointelegraph, no inicio do último mês de março de 2024.