BOVA11: conheça o principal ETF do Ibovespa
Existe uma maneira acessível de obter exposição a uma ampla variedade de empresas presentes na bolsa de valores, que é por meio do BOVA11, o principal ETF (Exchange Traded Funds) do Ibovespa. Investir no mercado de ações pode parecer intimidante para muitas pessoas, especialmente quando se trata de entender e acompanhar o desempenho de um […]

Existe uma maneira acessível de obter exposição a uma ampla variedade de empresas presentes na bolsa de valores, que é por meio do BOVA11, o principal ETF (Exchange Traded Funds) do Ibovespa.
Investir no mercado de ações pode parecer intimidante para muitas pessoas, especialmente quando se trata de entender e acompanhar o desempenho de um índice. Os índices refletem o panorama de um setor ou do mercado financeiro. Por sua vez, há ativos que acompanham o desempenho desses índices.
O BOVA11 é considerado o fundo de índice da B3 de maior relevância. Ideal para quem deseja fazer aplicações em renda variável e aproveitar a alta liquidez do ativo. Caso não saiba, é possível começar a investir mesmo com poucos recursos. Continue lendo para saber mais!
O que é BOVA11?
O BOVA11 existe desde 2008, quando foi lançado pela BlackRock, sendo o maior ETF de ações do país, com patrimônio líquido de mais de R$ 12,3 bilhões. É possível investir a partir de R$ 124,88. Ao todo, são 95.984 cotistas.
Ele conta com bom histórico de performance e as taxas são atrativas. O índice de referência utilizado nesse ETF é o Ibovespa. Dessa forma, o capital que os investidores aplicam é empregado para aquisição de ações proporcionais no Ibovespa.
Como funciona o BOVA11?
Para entender como funciona, é bom saber qual é a composição da carteira, a rentabilidade e os custos. Confira!
Composição da carteira
São cerca de 65 a 70 ativos, dos segmentos de produtos financeiros, energia, bens industriais, entre outros. Algumas empresas presentes são: Itaú, Petrobras, Ambev, Banco do Brasil, JBS, Lojas Renner, Magazine Luiza e Gerdau.
Embora o BOVA11 se alinhe com as ações do Ibovespa, isso não significa que todas as ações do índice compõem o fundo. Afinal, o objetivo é atingir o melhor desempenho possível e isso influencia a decisão dos gestores na escolha dos ativos.
Com isso, a composição pode passar por alterações ao longo do tempo, de acordo com a queda ou elevação de exposição dos ativos, bem como as atividades de compra e venda.
Rentabilidade
No dia 20 de fevereiro de 2024, a rentabilidade do BOVA11 é de 1,33% ao mês. Descontada a inflação, a rentabilidade real no mês é também de 1,33%. Já no período anual, é de 18,90%, enquanto a rentabilidade real no ano é de 14,73%.
Taxas e custos
A taxa de administração do BOVA11 é de 0,10% ao ano. De modo geral, os ETFs costumam ter taxas menores em relação a outros fundos de investimento.
Entre os custos, incluem-se emolumentos e taxas da B3, visto que as cotas que compõem os fundos de índice funcionam na bolsa de valores. Os custos variam a depender do volume de transações e dos valores envolvidos.
Além disso, as corretoras também podem cobrar taxa de corretagem, referente à intermediação de compra e venda na B3.
Qual o histórico do BOVA11?
Desde o início das atividades, o fundo tem tido rendimentos crescentes, com quedas em alguns momentos. O histórico, no entanto, é positivo na maior parte do tempo.
Desde fevereiro de 2022 o BOVA11 vem apresentando alta, com um pico em dezembro de 2023, o maior nos últimos dez anos, quando atingiu máxima de R$ 130,52 e mínima de R$ 129,02. Após uma queda expressiva em março de 2020, os valores continuaram subindo nos anos seguintes, ainda que com oscilações.
Em 2008, o fundo apresentava alta de 0,16%, enquanto em 2022 já estava a 183,97%, no mês de maio, enquanto o Ibovespa apresentou percentual de 194,78%.
Como o intuito do fundo é seguir um índice, a rentabilidade do BOVA11 tem se mantido próxima à do Ibovespa, inclusive se considerarmos um período maior de dez anos, cuja rentabilidade foi de 9,24% do ETF, enquanto a do Ibovespa foi de 9,61%.
Embora você já deva saber que desempenho anterior não é garantia de desempenho futuro, esses são bons parâmetros para entender os padrões do fundo. Enquanto no início as cotas do ETF valiam cerca de R$ 35, hoje é negociada a aproximadamente R$ 125,36.
Quais as vantagens do BOVA11?
Um dos benefícios do BOVA11 são os retornos que acompanham o Ibovespa, que teve valorização 211% desde 2008. Além disso, o investidor pode ser parte do mercado de aluguel de ativos, o que possibilita emprestar papéis mediante uma taxa.
Outra vantagem é a diversificação com o ETF, que conta com uma cesta variada em um único investimento. Assim, você pode obter exposição a um amplo conjunto de ativos, reduzindo o risco associado a investir em apenas um setor.
Vale lembrar que os ETFs geralmente têm custos mais baixos em comparação com outros investimentos. Isso pode ajudar a reduzir os custos operacionais e maximizar o retorno. Nesse sentido, os custos do BOVA11 tendem a ser menores porque são negociados tanto por investidores profissionais quanto por pessoas físicas.
Além disso, os ETFs são negociados em bolsas de valores, o que significa que podem ser comprados e vendidos facilmente ao longo do dia, proporcionando liquidez.
A liquidez na bolsa de valores se refere à facilidade de converter um ativo em dinheiro, ou seja, é a rapidez com que você pode vender um ativo e receber o valor em troca.
Investimentos com alta liquidez, como é o caso do BOVA11, permitem que você resgate seu dinheiro quando precisar e oferece flexibilidade para ajustar sua carteira de investimentos de acordo com suas necessidades e objetivos. Outro ponto é que investimentos líquidos permitem que você reaja rapidamente a mudanças no mercado.
Quais são os riscos do BOVA11?
O BOVA11 é composto por ações e está sujeito às oscilações do mercado. Se o mercado de ações como um todo sofrer uma queda, o valor do fundo também pode ser afetado.
Além disso, o BOVA11 está sujeito à incidência de Imposto de Renda sobre o ganho de capital. A alíquota é de 15% sobre o lucro, o que contribui para reduzir os retornos financeiros.
Quanto à gestão passiva, o BOVA11 tem como objetivo replicar o desempenho do Ibovespa, sem buscar superar o índice. Portanto, se o Ibovespa tiver uma queda, o valor do fundo também pode sofrer os reflexos.
Para qual tipo de investidor é indicado?
Os ETFs são indicados para perfil de investidor moderado e arrojado. Investidores com perfil moderado têm uma tolerância ao risco intermediária. Eles buscam um equilíbrio entre segurança e rentabilidade.
Em geral, possuem uma parte de sua carteira alocada em investimentos de renda fixa, visando estabilidade, e outra parte em investimentos de renda variável, buscando maior potencial de crescimento.
Os ETFs, como o BOVA11, são indicados para esse perfil porque oferecem diversificação e liquidez. Além disso, permitem exposição ao mercado de ações sem a necessidade de selecionar individualmente cada ação.
Já os investidores com perfil arrojado possuem uma alta tolerância ao risco e buscam obter retornos mais expressivos, mesmo que isso envolva maior volatilidade. Eles estão dispostos a assumir riscos maiores em busca de ganhos significativos.
Os ETFs também são indicados para esse perfil, pois oferecem a possibilidade de investir em diferentes setores, inclusive os investimentos em renda variável atrelados a índices. Assim, é possível ter uma exposição diversificada e acessível a diferentes classes de ativos, o que proporciona oportunidades de investimento mais agressivas.
Dessa forma, os ETFs não são indicados para perfis conservadores, visto que estão sujeitos às flutuações do mercado e os riscos são maiores que os de investimentos em renda fixa.
O BOVA11 paga dividendos?
O BOVA11, assim como outros ETFs de ações no Brasil, não paga dividendos diretamente aos investidores.
As ações que compõem o portfólio do BOVA11 distribuem proventos, como dividendos, e esses valores são reinvestidos nos ativos da carteira pelo próprio gestor do ETF. Isso contribui para o crescimento do patrimônio do fundo e, consequentemente, para a valorização das cotas.
Portanto, os investidores não recebem os dividendos diretamente, pois eles são reinvestidos no fundo para aumentar o valor das cotas e a exposição às ações que compõem o índice.
Essa característica é comum aos ETFs de ações no Brasil. Como não há uma legislação ou norma estabelecendo que os ETFs devam pagar dividendos, o que acontece é a reaplicação dos proventos.
Como investir no BOVA11?
Para investir no ETF BOVA11, você pode seguir os seguintes passos:
- abra uma conta em uma corretora: pesquise e escolha uma corretora confiável que ofereça acesso ao mercado de ETFs;
- transfira recursos: após a aprovação do cadastro, você precisará transferir recursos para a sua conta na corretora. Esse valor será utilizado para a compra das cotas;
- acesse a plataforma de investimentos: utilize o home broker para acessar o mercado de ETFs. Procure pelo ticker BOVA11;
- realize a compra das cotas: na plataforma, informe a quantidade de cotas que deseja adquirir e confirme a ordem de compra. As negociações são a cada dez cotas e a liquidação ocorre em três dias úteis;
- acompanhe seus investimentos: após a compra, acompanhe regularmente o desempenho do BOVA11 e a evolução do seu investimento, de preferência com a ajuda de uma assessoria, como a InvestSmart.
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Resumindo
Quanto rende o BOVA11 por mês?
Em fevereiro de 2024, o fundo rende ao mês 1,33%. Trata-se do maior ativo de ETF do Ibovespa, o principal índice no mercado financeiro do país.
É bom investir em BOVA11?
Sim, O BOVA11 é um ETF que busca replicar o desempenho do índice Bovespa, composto pelas principais empresas listadas na B3. Assim, você obtém exposição a uma ampla gama de companhias, o que proporciona diversificação e reduz o risco.