Tabela do Imposto de Renda 2026 amplia isenção e reduz cobrança para a classe média
A nova tabela do Imposto de Renda 2026 amplia a faixa de isenção para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês e cria um desconto progressivo para rendas de até R$ 7.350.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Imposto de Renda 2026 marca uma mudança histórica na tributação da pessoa física no Brasil. A partir de 1º de janeiro de 2026, trabalhadores com renda mensal de até R$ 5.000 passarão a ficar totalmente isentos do IRPF, enquanto contribuintes que recebem até R$ 7.350 terão redução progressiva no valor do imposto. A medida foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como parte da estratégia do governo para aliviar a carga tributária da classe média e estimular o consumo.
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A principal alteração da nova tabela do Imposto de Renda 2026 é a ampliação da faixa de isenção mensal de R$ 2.428,80 para R$ 5.000. Com isso, milhões de trabalhadores deixam de pagar imposto diretamente na fonte.
Segundo estimativas do governo federal, 16 milhões de pessoas serão beneficiadas, incluindo quem passará a ser totalmente isento e quem terá redução parcial do imposto devido. A mudança atende a uma promessa de campanha do presidente Lula e reforça a política de correção da defasagem histórica da tabela do IRPF.
Desconto progressivo reduz imposto para quem ganha até R$ 7.350
Além da isenção total até R$ 5.000, o Imposto de Renda 2026 cria um mecanismo de desconto progressivo para rendas entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. Nessa faixa, o imposto não é zerado automaticamente, mas sofre uma redução que diminui gradualmente conforme a renda aumenta.
Na prática, o governo estabeleceu uma fórmula de abatimento que garante que:
- o imposto continue zerado logo acima de R$ 5.000;
- o benefício diminua de forma linear;
- o desconto seja totalmente eliminado a partir de R$ 7.350.
Esse modelo evita um “salto” brusco na tributação e suaviza a transição entre a isenção total e a cobrança integral do imposto.
Duas sistemáticas passam a coexistir no Imposto de Renda
Com a nova regra, o Imposto de Renda 2026 passa a operar com duas sistemáticas distintas. Para rendas de até R$ 7.350, aplica-se o modelo especial de isenção e redução. Já para quem recebe acima desse valor, segue válida a tabela tradicional do IRPF, sem alterações nas alíquotas.
Isso significa que contribuintes de renda mais alta continuarão sujeitos às faixas progressivas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%, conforme o rendimento mensal.
Quando a nova tabela do Imposto de Renda entra em vigor
O projeto estabelece que as mudanças no Imposto de Renda 2026 entram em vigor em 1º de janeiro de 2026. A nova regra valerá para todos os rendimentos recebidos a partir dessa data, impactando diretamente os descontos feitos em folha ao longo do ano e a declaração enviada em 2027.
Impacto fiscal e compensação da perda de arrecadação
A ampliação da isenção e a redução do imposto para a classe média devem gerar uma perda de arrecadação estimada em R$ 31,2 bilhões no primeiro ano de vigência. Para compensar esse impacto, o governo criou um conjunto de medidas focadas em contribuintes de alta renda.
A principal delas é a instituição de um imposto mínimo sobre rendimentos elevados, aplicado a quem recebe mais de R$ 50 mil por mês ou R$ 600 mil por ano. A tributação será progressiva, com alíquotas que variam de 0% a 10%, atingindo o teto apenas rendas superiores a R$ 1,2 milhão anuais.
Além disso, o governo passa a tributar dividendos enviados ao exterior e a aplicar retenção de 10% na fonte sobre lucros e dividendos acima de R$ 50 mil mensais — hoje isentos.
Quem fica fora da tributação mínima
Nem toda renda elevada será considerada no cálculo do imposto mínimo. Ficam excluídos, por exemplo:
- heranças e doações;
- rendimentos da poupança;
- indenizações trabalhistas e judiciais;
- aposentadorias isentas por doenças graves;
- investimentos como LCI, LCA e títulos de infraestrutura, imobiliários e do agronegócio.
Estados e municípios terão compensação automática
Governadores e prefeitos demonstraram preocupação com possíveis perdas nos repasses do IR. Para evitar impactos, o texto obriga a União a compensar automaticamente eventuais perdas por meio do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Por que a mudança no Imposto de Renda 2026 é relevante
A reformulação do Imposto de Renda 2026 busca corrigir distorções históricas da tabela, aumentar a renda disponível da população e tornar o sistema tributário mais progressivo. Ao aliviar a carga sobre quem ganha menos e ampliar a tributação sobre rendas muito altas, o governo aposta em maior justiça fiscal e estímulo à economia.
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