Omoda & Jaecoo: conheça as marcas que tem grandes planos até 2028
Com investimento de R$ 200 milhões e modelos já lançados, Omoda e Jaecoo miram 150 concessionárias no Brasil até 2028.
Imagem: Omoda e Jaecoo Líder/Reprodução
A chegada da Omoda & Jaecoo ao mercado brasileiro marca um novo capítulo no setor automotivo nacional. A empresa, que se destaca pela proposta de veículos tecnológicos, design moderno e foco em inovação, já traçou metas ambiciosas para crescer de forma acelerada até 2028.
As marcas do grupo chinês Chery anunciaram um investimento de R$ 200 milhões no mercado brasileiro para os próximos três anos. O Brasil promete ser um país estratégico para a submarca, como um dos pilares da América do Sul e polo de exportação.
Conheça as chinesas Omoda & Jaecoo
A entrada da Omoda & Jaecoo ao mercado doméstico de forma conjunta, ainda gera certa confusão entre os consumidores. Afinal, trata-se de uma única companhia ou de duas empresas diferentes? Na prática, são duas marcas distintas, cada uma com identidade própria, posicionamento diferente e estratégias direcionadas a perfis específicos de público.
Por aqui, a Omoda aposta em um visual mais moderno, tecnológico e voltado ao consumidor jovem, valorizando conectividade e design futurista, enquanto a Jaecoo segue um caminho mais clássico, com modelos robustos, motorização potente, inspirando-se em características de marcas já consolidadas em outros mercados globais.
Mas, de todo modo, a confusão é justa, uma vez que as duas marcas compartilharão os mesmos espaços físicos, sendo vendidas em concessionárias integradas.
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Relação com a Chery International
O compartilhamento de estrutura se explica pela origem comum. Omoda e Jaecoo são marcas independentes, mas pertencem ao Grupo Chery, que criou ambas para acelerar sua expansão global. Inicialmente, elas ganharam força em mercados como Rússia, África do Sul e Espanha, e agora estão oficialmente no Brasil.
Em suma, no plano internacional, a Chery vê Omoda e Jaecoo como marcas “premium” ou de nicho “mais sofisticado”.
No Brasil, a Chery já estava presente por meio da parceria com a CAOA, responsável pela operação local da marca. Porém, a estreia conjunta de Omoda e Jaecoo ocorrerá de forma independente dessa estrutura. Embora ambas pertençam ao Grupo Chery, suas operações serão conduzidas diretamente pela matriz, sem a intermediação da CAOA.
Estreia no Brasil com dois modelos
O lançamento oficial foi marcado pela chegada de dois SUVs: o Omoda E5 e o Jaecoo 7, ambos posicionados no segmento mais competitivo do mercado automotivo nacional.
Omoda E5: SUV com foco em eletrificação
O Omoda E5 estreia como SUV-cupê com porte semelhante ao Jeep Compass. Ele chega para concorrer com modelos como VW Nivus, Fiat Fastback e o BYD Dolphin, líder entre os elétricos no início do ano.
O modelo será oferecido inicialmente em versão 100% elétrica, equipada com:
- Bateria: 61 kWh;
- Autonomia: 348 km;
- Motor dianteiro: 204 cv e 34,7 kgfm de torque.
Posteriormente, haverá uma variante híbrida plena com motor 1.5 turbo de 160 cv, embora ainda sem data de lançamento confirmada. O preço inicial do Omoda E5 no Brasil é de R$ 209.990.
Jaecoo 7: SUV híbrido plug-in
Já o Jaecoo 7 chega apenas com motorização híbrida plug-in, baseado na mesma plataforma do Tiggo 7. O conjunto mecânico combina:
- Motor 1.5 turbo + elétrico;
- Potência combinada: 339 cv;
- Torque: 52 kgfm;
- Bateria: 18,3 kWh;
- Autonomia elétrica: até 78 km.
A recarga pode ser feita em estações rápidas de 40 kW, levando cerca de 20 minutos para ir de 20% a 80%. As versões oferecidas no Brasil são: Luxury – R$ 229.990; Prestige – R$ 249.990.
Planos das marcas para o Brasil
O grupo prevê um investimento de R$ 200 milhões no Brasil ao longo dos próximos três anos. Para estabelecer sua presença, as marcas pretendem:
- Abrir 70 concessionárias em mais de 40 cidades, distribuídas por 17 estados, até o final deste ano.
- Alcançar 150 lojas até 2028.
Para concretizar essa rede, a submarca nomeou mais de 30 grupos representantes de concessionárias, incluindo nomes como: Amazonas, Andreta, Barigui, Carrera, Euroamericas, Felice, Germanica, Marajó, Primavia, Sinal e Toriba.
Os objetivos comerciais do grupo incluem atingir a marca de 30 mil unidades vendidas por ano no Brasil, além de uma cota de exportação destinada a outros países da América do Sul.
No que diz respeito aos produtos, além do Omoda E5 e Jaecoo 7 já lançados no mercado nacional, há a previsão de lançar 10 novos modelos nos próximos dois anos, com foco total no segmento de SUVs.
Inicialmente, as vendas se desdobram por meio de veículos importados. Contudo, as marcas já planejam a produção nacional na antiga fábrica da Chery, localizada em Jacareí (SP).
Bruna Marquezine como embaixadora das marcas
Bruna Marquezine foi anunciada como a nova embaixadora da Omoda & Jaecoo no Brasil e marcou presença no evento de lançamento dos novos modelos Omoda 5 HEV e Omoda 7 PHEV – sendo este último o veículo escolhido pela atriz.
Com forte influência entre o público jovem e conectado, Bruna reforça a estratégia da montadora de dialogar com consumidores que valorizam tecnologia, design arrojado e inovação.
“Bruna Marquezine é uma personalidade que transcende fronteiras e conecta culturas. Sua trajetória, marcada por talento, estilo e autenticidade, reflete a visão da Omoda de inspirar pessoas por meio da tecnologia e do design”, afirmou Peng Hu, Country Director da Omoda & Jaecoo no Brasil.
Atributos do carro de Bruna Marquezine
A atriz declarou utilizar um Omoda 7 SHS-P, um híbrido plug-in com preço inicial de R$ 254.990. Entre seus principais destaques estão:
| Motor 1.5 turbo, o mesmo do Jaecoo 7 | Assento do passageiro com massagem e função relax |
| Tela multimídia de 15,6″ UHD 2.5K | Volante aquecido |
| Painel de instrumentos com visual minimalista | Cabine com materiais de boa qualidade e textura macia ao toque |
| Sistema de fragrâncias recarregável com três perfumes e opções de intensidade | Diversos compartimentos internos |
| Oito airbags (um a mais que o Jaecoo 7) | Carregador por indução na dianteira |
| Pacote ADAS 2.5 com 19 itens e câmeras que identificam o tipo de veículo ao lado | Portas USB e USB-C |
| Teto solar | Sistema de som Sony com 12 alto-falantes e 390W (versão Prestige) |
| Bancos dianteiros e traseiros aquecidos |
Mercado de veículos eletrificados e híbridos no Brasil
O mercado de veículos eletrificados e híbridos no Brasil vive um momento de franca e robusta expansão. A trajetória ascendente do setor se confirma pelos dados mais recentes, que apontam para um crescimento significativo e quebra de recordes sucessivos.
Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o primeiro semestre de 2025 registrou um avanço notável. Houve um crescimento de 41,9% nas vendas de eletrificados em comparação com o mesmo período de 2024, sinalizando a consolidação da tecnologia no panorama automotivo nacional.
O entusiasmo do mercado se refletiu em recordes mensais:
- Setembro de 2025 encerrou com 21.515 unidades emplacadas, marcando o melhor resultado do ano e estabelecendo um novo recorde histórico para o setor.
- Em outubro, o mercado de eletrificados leves manteve o alto desempenho com 21.369 veículos emplacados. Este volume permaneceu praticamente no mesmo patamar de setembro (20.342) e representou um aumento expressivo de 33% sobre outubro de 2024 (16.033).
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Domínio dos Plug-ins
A principal força motriz por trás desse crescimento é a categoria dos veículos elétricos Plug-ins. Eles estão se consolidando como o fator chave de expansão do mercado de eletrificados leves.
A preponderância dos modelos com recarga externa é clara na análise do acumulado do ano:
- Do total de 168.798 eletrificados comercializados entre janeiro e outubro, impressionantes 81,6% são veículos de recarga externa (138.088 unidades).
- Já os híbridos tradicionais (HEV e HEV Flex) totalizaram 3.925 unidades vendidas em outubro, respondendo por 18,3% do total de eletrificados leves do mês.
Diante desses resultados, a ABVE mantém uma projeção otimista para o encerramento do ano, indicando que as vendas de veículos eletrificados no Brasil ultrapassarão a marca de 200 mil unidades até o final de 2025, com a possibilidade de chegar a um total de 215 mil emplacamentos.
