O Banco Central (BC) anunciou que vai construir uma nova infraestrutura para o Drex, a moeda digital brasileira, marcando o início de uma nova fase do projeto. A atual plataforma, baseada na tecnologia blockchain Hyperledger Besu, será desligada na próxima segunda-feira (10).

A decisão foi comunicada em uma reunião com participantes do projeto-piloto, segundo fontes do mercado financeiro. O BC ainda não confirmou oficialmente o encontro, mas reforçou que a terceira fase do Drex não utilizará mais a tecnologia de registro distribuído (DLT).

Drex: fim da fase blockchain e início de uma nova arquitetura

O desligamento da rede blockchain ocorre após duas fases de testes conduzidas pelo Banco Central e instituições financeiras parceiras. De acordo com o BC, o alto custo de manutenção e a ausência de previsão de uso da DLT nas próximas etapas motivaram a mudança.

A fase três do Drex deve focar em novos casos de uso, especialmente a eficiência do uso de ativos como garantia em operações de crédito, sem uma tecnologia pré-definida. O objetivo é adotar uma abordagem “agnóstica”, ou seja, que possa se adaptar a diferentes soluções tecnológicas.

Veja também:

Relatório da fase dois será divulgado em 2026

O relatório da segunda fase do piloto do Drex, inicialmente previsto para outubro, deve ser entregue no início de 2026. Essa etapa avaliou 13 temas voltados à tokenização de ativos e integração de sistemas financeiros.

Mesmo com a descontinuidade da plataforma atual, o BC afirmou que o projeto Drex continua ativo e que discutirá novas possibilidades de infraestrutura junto ao mercado para a construção da próxima etapa.

O que esperar do futuro do Drex

O projeto do real digital foi lançado em 2023 com a promessa de revolucionar o sistema financeiro, tornando transações mais eficientes e seguras entre instituições.

Sob a gestão de Gabriel Galípolo, atual presidente do BC, o Drex passa por um reposicionamento estratégico: o foco agora é em reduzir custos operacionais e ampliar a interoperabilidade entre ativos tokenizados, mantendo o plano de criar uma moeda digital de liquidação emitida pelo Banco Central.

Ainda não há previsão sobre o número total de fases do projeto nem sobre o possível retorno da blockchain nas próximas etapas.

Gostou deste conteúdo? Siga o Melhor Investimento nas redes sociais: 

Instagram | Linkedin

Pedro Gomes

Jornalista formado pela UniCarioca, com experiência em esportes, mercado imobiliário e edtechs. Desde 2023, integra a equipe do Melhor Investimento.