O governo dos Estados Unidos anunciou uma atualização importante na tarifa dos EUA para exportações brasileiras. Embora uma tarifa de 50% tenha sido confirmada para diversas mercadorias brasileiras, o país norte-americano decidiu manter uma alíquota mais baixa, de 10%, para até 45% dos produtos exportados pelo Brasil. A decisão visa equilibrar a proteção à indústria americana com o impacto econômico para o comércio bilateral.

Saiba mais sobre as tarifas:

Tarifa dos EUA para exportações brasileiras: o que muda e quando entra em vigor

Em 30 de julho de 2025, o presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que altera as tarifas aplicadas sobre produtos brasileiros importados. A partir do dia 6 de agosto, entra em vigor a tarifa de 50% para uma lista específica de mercadorias, enquanto muitos outros produtos importantes continuam com a tarifa de 10%, valor vigente anteriormente.

Essa medida, apesar de endurecer as regras comerciais, exclui da sobretaxa uma parcela expressiva das exportações brasileiras, limitando o impacto direto para o Brasil e mantendo o fluxo de alguns produtos essenciais com tarifas reduzidas.

Produtos brasileiros com tarifa reduzida nos EUA

Entre os principais itens que continuarão pagando tarifa de 10% estão produtos estratégicos para a pauta exportadora do Brasil. Destacam-se:

  • Óleos brutos de petróleo, que representam 14,4% das exportações brasileiras para os EUA
  • Aviões e peças, incluindo componentes da Embraer, com participação de 5,9%
  • Pasta química de madeira (3,8%)
  • Ferro fundido (3,5%)
  • Suco de laranja (2,6%)

Esses produtos somam cerca de 30% das vendas totais brasileiras ao mercado americano e tiveram suas tarifas mantidas em um patamar mais brando, o que deve aliviar a pressão sobre esses setores.

Produtos que sofrerão aumento para tarifa de 50%

Por outro lado, a tarifa de 50% será aplicada a mercadorias como semimanufaturados de ferro e aço, café não torrado, carne bovina congelada, carregadoras e açúcares de cana. Esses produtos, que respondem por aproximadamente 15% do volume exportado ao mercado norte-americano, enfrentarão um aumento significativo de custos, o que pode impactar o desempenho dessas exportações.

Por que os EUA mantêm tarifas mais baixas para parte das exportações brasileiras?

A análise da LCA Consultores indica que o governo dos EUA optou por preservar uma tarifa reduzida para 40% a 45% das exportações brasileiras a fim de minimizar o impacto econômico da medida e evitar um choque abrupto no comércio bilateral. Essa decisão mantém a tarifa média efetiva em torno de 28%, e não os 50% previstos inicialmente, o que suaviza os efeitos sobre a economia brasileira.

Essa estratégia também reflete o interesse dos EUA em proteger setores domésticos mais vulneráveis, sem prejudicar setores de maior relevância estratégica para a cadeia produtiva internacional, como o de petróleo e aeronáutica.

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