Trump ameaça aplicar tarifas maiores a países que não abrirem mercado aos EUA
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que países que não abrirem seus mercados enfrentarão tarifas significativamente maiores.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender uma postura firme nas negociações comerciais internacionais. Em uma série de publicações feitas nesta quarta-feira (23), na rede Truth Social, Trump afirmou que países que não abrirem seus mercados para os Estados Unidos estarão sujeitos a tarifas ainda mais elevadas. A declaração acontece em meio a avanços em novos acordos com Japão e Indonésia.
Abertura de mercado é condição para redução de tarifas, diz Trump
Durante as postagens, Trump destacou que as tarifas comerciais são um dos principais instrumentos de poder dos EUA nas negociações internacionais. Segundo o republicano, ele só aceita discutir a redução ou eliminação dessas tarifas se houver contrapartida na abertura de mercados estrangeiros para os produtos norte-americanos.
“Sempre cedi em tarifas se conseguisse que grandes países abrissem seus mercados para os EUA. Caso contrário, tarifas muito maiores serão implementadas”, escreveu Trump na plataforma.
A fala reforça uma abordagem protecionista que marcou seu mandato anterior e que pode voltar a ganhar força caso ele reassuma a presidência. A posição também reflete um esforço para proteger a competitividade da indústria americana diante de práticas comerciais consideradas desiguais por Washington.
Japão abre mercado em acordo inédito com os Estados Unidos
Uma das conquistas recentes celebradas por Trump foi o novo acordo comercial com o Japão. Segundo ele, este é o primeiro momento na história em que o Japão realmente abre seu mercado aos produtos dos EUA. O pacto prevê facilitação para exportações de:
- Automóveis (incluindo SUVs e caminhões)
- Produtos agrícolas, inclusive arroz
- Equipamentos industriais
De acordo com Trump, o acordo também contempla a compra de bilhões de dólares em equipamentos militares norte-americanos por parte do Japão, além de um investimento previsto de US$ 550 bilhões na economia dos EUA por empresas japonesas.
Essa movimentação pode representar um impulso significativo para o comércio bilateral, especialmente para setores estratégicos como o automotivo, o agronegócio e a defesa. Também é uma resposta direta às exigências de Trump por reciprocidade nas relações comerciais com parceiros históricos.
Indonésia também cede e abre mercado para empresas americanas
Além do Japão, Trump mencionou que a Indonésia também concordou em abrir seu mercado aos produtos dos Estados Unidos. O republicano descreveu o avanço como “enorme”, ressaltando que empresas americanas devem obter lucros substanciais com a nova abertura.
“Nossas empresas vão lucrar uma fortuna. O mesmo vale para o Japão!”, publicou.
O movimento da Indonésia fortalece a tese de que a pressão tarifária tem se mostrado eficaz para os objetivos comerciais norte-americanos. Trump argumenta que, sem o uso de tarifas como alavanca, essas conquistas dificilmente teriam sido alcançadas.
Tarifas como ferramenta estratégica de negociação internacional
Para Donald Trump, as tarifas representam mais do que simples barreiras comerciais. Elas funcionam como instrumentos estratégicos de pressão econômica, permitindo aos Estados Unidos alcançar acordos mais vantajosos com seus parceiros. Segundo ele, muitos países só aceitam abrir seus mercados diante da possibilidade de serem taxados com valores elevados.
“As tarifas são um dos nossos maiores poderes. Sem elas, seria impossível fazer os países abrirem seus mercados”, escreveu o presidente.
O posicionamento é coerente com a política econômica adotada por Trump durante seu mandato entre 2017 e 2021. Na ocasião, ele iniciou uma guerra comercial com a China e renegociou diversos acordos, incluindo o Nafta (hoje USMCA).
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