A estratégia comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a gerar impactos globais significativos. As tarifas da guerra comercial de Trump elevaram a incerteza nos mercados financeiros, ao mesmo tempo em que pressionam parceiros comerciais e moldam negociações bilaterais estratégicas. Desde agosto, os EUA aplicaram taxas de importação mais altas em produtos variados, incluindo farmacêuticos, caminhões e móveis, levando a uma das maiores mudanças tarifárias do século.

Aumento histórico das tarifas nos EUA

Em 7 de agosto, o decreto de tarifas “recíprocas” entrou em vigor, abrangendo 69 parceiros comerciais e elevando a taxa média de importação dos Estados Unidos para níveis inéditos em cem anos. O objetivo do governo Trump é incentivar a produção nacional e reduzir o déficit comercial, mas a medida provocou contestações legais e preocupações globais sobre retaliações.

Entre os produtos impactados, destacam-se setores essenciais como o farmacêutico, automotivo e de móveis. Especialistas alertam que o aumento das tarifas pode influenciar preços ao consumidor e afetar a cadeia global de suprimentos, especialmente para empresas que dependem de matérias-primas importadas.

Tarifas recentes com maior impacto

A primeira rodada significativa de tarifas adicionais entrou em vigor em 1º de outubro, incluindo:

  • 100% sobre produtos farmacêuticos de marca ou patenteados, com algumas exceções para companhias que estejam investindo em fábricas nos EUA.
  • 25% sobre caminhões pesados, afetando importações de veículos comerciais de diversos países.

Em 14 de outubro, novas tarifas foram aplicadas:

  • 10% sobre madeira e madeira serrada.
  • 25% sobre armários de cozinha, gabinetes de banheiro e móveis estofados, reforçando o foco de Trump em proteger a indústria doméstica.

Essas medidas mostram que a política tarifária não é apenas ampla, mas também segmentada, atingindo produtos estratégicos para a economia norte-americana.

Negociações e trégua com parceiros comerciais

Apesar da escalada tarifária, os EUA continuam negociando com parceiros importantes. Entre os eventos futuros mais relevantes:

  • 6 e 7 de outubro: O gabinete do primeiro-ministro canadense realizará uma viagem a Washington, com reunião marcada com Trump para discutir questões econômicas e de segurança.
  • 10 de novembro: A trégua tarifária entre EUA e China será estendida até o início de novembro, oferecendo um alívio temporário para importações durante o aumento sazonal antes das festas de fim de ano.

Essas negociações demonstram que, embora a política de Trump seja firme, existe espaço para acordos estratégicos que podem minimizar impactos negativos em setores específicos.

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