Setor privado dos EUA cria 104 mil vagas em julho e supera projeções da ADP

O setor privado dos Estados Unidos criou 104 mil vagas de emprego em julho, número que superou as projeções de 75 mil feitas por economistas.

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30 de jul, 2025 às 14:30
Foto da estatua da liberdade em Nova York (EUA). Foto: Freepik

O setor privado dos Estados Unidos cria vagas acima do esperado em julho, sinalizando uma recuperação econômica moderada apesar dos desafios atuais. Segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira (30) pela ADP, o mercado de trabalho do país adicionou 104 mil empregos no setor privado durante o mês, superando a previsão dos economistas que apontavam para a criação de 75 mil vagas. Esse resultado mostra que, mesmo diante da desaceleração global e das incertezas econômicas, o mercado de trabalho americano continua resiliente.

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Criação de vagas no setor privado dos EUA em julho

O setor privado dos EUA cria vagas em ritmo melhor do que o previsto, com 104 mil postos abertos em julho, conforme divulgado no relatório da ADP, elaborado em parceria com o Stanford Digital Economy Lab. Esse número representa uma melhora significativa se comparado à performance negativa revisada de junho, que passou de uma queda de 33 mil para 23 mil vagas. A criação de empregos no setor privado é um termômetro importante da saúde econômica, refletindo o comportamento das empresas e sua confiança em expandir a força de trabalho.

Vale destacar que, embora os números apontem crescimento, o ritmo de criação de empregos desacelera em relação aos meses anteriores, acompanhando um cenário econômico marcado por incertezas. Tarifas de importação e tensões comerciais, além das pressões inflacionárias, têm contribuído para a cautela entre empregadores.

Relação entre o relatório ADP e os dados oficiais do governo

O relatório da ADP é um indicador antecipado da situação do emprego no setor privado, mas não possui correlação direta com os dados oficiais que serão divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA na sexta-feira (2). A pesquisa oficial deve revelar a criação de 110 mil empregos fora do setor agrícola, uma queda em relação aos 147 mil postos abertos em junho.

Esses dois relatórios são acompanhados de perto por economistas, investidores e pelo próprio Federal Reserve, pois ajudam a medir a resiliência do mercado de trabalho e orientam decisões sobre política econômica e monetária.

Impactos no mercado de trabalho e economia

O mercado de trabalho dos Estados Unidos tem mostrado sinais de desaceleração diante do cenário econômico global mais instável. A criação de vagas no setor privado é um reflexo das condições atuais, como o impacto das tarifas sobre importações que afetam a cadeia produtiva e os custos das empresas.

Além disso, economistas projetam que a taxa de desemprego pode subir de 4,1% em junho para 4,2% em julho, indicando uma leve piora no quadro do emprego. A desaceleração na contratação e o aumento da taxa de desemprego refletem a cautela das empresas e consumidores em relação ao crescimento econômico nos próximos meses.

Expectativas para a política monetária do Federal Reserve

Diante desses números e do cenário econômico, o Federal Reserve deve manter a taxa de juros de referência entre 4,25% e 4,50% na reunião de política monetária marcada para esta quarta-feira (30). O banco central americano vem resistindo à pressão do presidente Donald Trump para reduzir os juros, que poderiam baratear o custo dos empréstimos e estimular a economia.

A manutenção dos juros em patamares elevados tem como objetivo controlar a inflação, mas também gera preocupações sobre o impacto no crescimento econômico e no mercado de trabalho. O comportamento do Fed será um dos principais focos do mercado financeiro nos próximos dias.

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