No primeiro dia do Smart Summit 2025, especialistas do mercado financeiro se reuniram para discutir as perspectivas dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e dos Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros) para o ano de 2025.

Em um cenário macroeconômico desafiador, marcado pela alta da taxa básica de juros e incertezas econômicas, os investidores buscam compreender se esses ativos representam oportunidades promissoras ou se trazem desalento.

Samuel Castro, sócio-fundador da Manatí Capital Management, e Márcio Takaya, CFA da Sparta Investimentos, compartilharam suas visões sobre retorno, risco e estratégias para navegar nesse ambiente complexo. Ambos destacaram como os movimentos da taxa de juros e as características específicas do agronegócio influenciam diretamente o desempenho desses fundos, oferecendo insights valiosos para investidores que desejam maximizar seus rendimentos e proteger seus patrimônios. Veja mais!

Influência da taxa básica de juros nos ativos

Samuel Castro, sócio-fundador da Manatí Capital Management, enfatizou que a taxa básica de juros tem um papel importante na performance dos ativos financeiros. Ele afirmou que “a tendência é que a taxa fique mais elevada”, sugerindo que investidores devem estar atentos a esse movimento. Castro também observou que “o único ativo que não é volátil é o que não tem liquidez”, indicando que todos os ativos estão sujeitos a oscilações de mercado.

Retorno e risco no agronegócio

Márcio Takaya, CFA, da Sparta Investimentos, destacou a heterogeneidade do agronegócio, mencionando que o setor possui diversos ativos com bom desempenho, independentemente das condições econômicas atuais. Ele afirmou que “falando de retorno, os FIIs e Fiagros têm expectativa de retorno interessante”, sugerindo oportunidades promissoras para investidores nesses segmentos.

FIIs como proteção patrimonial

Castro descreveu os FIIs como fundos que investem em ativos imobiliários com o objetivo de proteger o patrimônio do investidor, além de gerar lucro ao longo do tempo. Ele ressaltou que, embora todos os setores de FIIs tenham sofrido com a alta dos juros, os fundos de agronegócio e os que investem em dívidas atreladas ao CDI tendem a ser menos impactados. No entanto, ele alertou sobre a importância de avaliar a gestão desses fundos, especialmente para investidores de curto prazo.

Já Takaya acrescentou que empresas mais alavancadas enfrentam maiores dificuldades em situações de crédito restrito e retornos reduzidos.

As perspectivas para FIIs e Fiagros em 2025 apresentam tanto oportunidades quanto desafios. A elevação da taxa básica de juros influencia diretamente esses ativos, mas setores como o agronegócio demonstram resiliência e potencial de retorno. Investidores devem considerar fatores como volatilidade, alavancagem e qualidade da gestão ao tomar decisões de investimento nesses fundos.

Carolina Gandra

Jornalista do portal Melhor Investimento, especializada em criptomoedas, ações, tecnologia, mercado internacional e tendências financeiras. Transforma temas complexos como blockchain, inteligência artificial e estratégias de mercado em conteúdos acessíveis e envolventes. Com análises atuais e visão estratégica, ajuda leitores a decifrar o futuro dos investimentos e identificar oportunidades no mercado financeiro.