Produção de petroleiras brasileiras cresce em janeiro
A produção de petróleo das petroleiras brasileiras cresceu em janeiro, com destaque para a Brava Energia (BRAV3), que registrou um aumento de 70%, alcançando 68 kboed.

As petroleiras brasileiras Brava Energia (BRAV3), PetroReconcavo (RECV3) e PRIO (PRIO3) apresentaram um notável crescimento na produção de petróleo e gás no primeiro mês de 2025. Esse avanço foi impulsionado por melhorias operacionais e pela perfuração de novos poços, especialmente em campos em águas profundas e ultraprofundas. Com isso, o cenário promete se manter favorável para essas companhias ao longo do ano.
Crescimento expressivo da Brava Energia
A Brava Energia foi a grande líder entre as petroleiras independentes brasileiras, com um aumento significativo na produção em janeiro. A companhia passou de cerca de 39 mil barris de óleo equivalente por dia (kboed) em dezembro de 2024 para 68 kboed no primeiro mês de 2025, o que representa um crescimento de mais de 70%. A expansão se deu principalmente pelas operações no campo de Atlanta e Papa-Terra, ambos situados em águas profundas e ultraprofundas, onde a extração ocorre no alto-mar.
Esses campos superaram as expectativas, contribuindo para a aceleração da produção. A empresa projeta que, nos próximos meses, sua produção se estabilize entre 80 e 85 kboed, impulsionada pelo desempenho positivo do campo de Atlanta, que recentemente atingiu a marca de 28 mil barris por dia (kbpd), conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Esse crescimento coloca a Brava em uma posição estratégica, aproximando-a de suas metas para 2025 e reforçando sua posição no mercado de petróleo e gás.
Desempenho da PetroReconcavo
Por sua vez, a PetroReconcavo também apresentou um crescimento relevante em janeiro, alcançando uma produção de 27 kboed. Esse aumento foi resultado da perfuração de novos poços nos campos de Tiê, Sabiá e Potiguar, além do ramp-up de novos poços no estado da Bahia, que ajudaram a impulsionar a produção. Em Potiguar, a produção avançou para 13,3 kboed, e na Bahia chegou a 13,5 kboed, devido à continuidade da ampliação das operações.
No entanto, a empresa enfrenta desafios em alguns campos, como Miranga, localizado na Bacia do Recôncavo, na Bahia, que ainda sofre com limitações no escoamento do petróleo e com interrupções ocasionais para manutenção. Apesar disso, a PetroReconcavo espera uma leve melhora nas operações com a normalização da produção de gás natural na região. Para 2025, a empresa manteve uma projeção conservadora de um volume médio de 28,5 kboed, o que indica que a companhia seguirá focada na estabilidade e no crescimento gradual de sua produção.
Avanço da PRIO
A PRIO também se destacou no primeiro mês de 2025, com um crescimento de 3% na produção, alcançando a marca de 114 kboed. O aumento foi impulsionado principalmente pelo campo de Albacora Leste, que teve um crescimento de 13% após a conclusão da substituição de uma turbina. O campo de Peregrino também apresentou um bom desempenho, chegando a 38,9 kboed, enquanto o campo de Frade registrou uma leve queda para 39,4 kboed, o que pode ser atribuído a fatores operacionais temporários.
A PRIO já planeja uma manutenção programada no campo de Frade nos próximos meses, o que poderá gerar variações na produção. No entanto, o desempenho de outros campos da companhia, como Peregrino e Albacora Leste, deve contribuir para a estabilidade da produção. A PRIO continua a ser vista como uma das principais petroleiras brasileiras, com potencial para crescimento e geração de valor no mercado.